E COM ESTE TEXTO DESEJO-VOS UMA ÓTIMA PÁSCOA E VEMO-NOS NA SEGUNDA.
Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque são o melhor piquete de greve contra a sopa. Frases como: "Vá lá, deixa que o menino não coma a sopa!... Só hoje!" - contrariando o ar zangado que tinham, noutros tempos, como pais - são bem a prova que eles acreditam que as crianças só por motivos ponderosos é que se impedem de saborear os caldos e os cremes... de que tanto gostam. E atestam que há um conluio entre os avós e os netos que, quando uns fazem caretas e capricham nas "fitas", os outros justificam que, embora as crianças compreendam que "a sopa faz bem..." elas reagem assim - contra a sua vontade!... - porque há dias em que o stress das aulas casa melhor com a... sobremesa.
Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque, por mais que repitam que as crianças devem comer de tudo, sempre que as têm ao seu cuidado perdem horas a fazer empadões e coisas caprichosas parecidas com essa. Quando as crianças almoçam com eles, o peixe parece ter feito greve. Por mais apetitoso que seja o jantar, se for preciso, as crianças acabam a comer ovos mexidos ou salsichas. E, à sobremesa, entre o pão de ló e a torta de maçã, de forma serena e "desinteressada", acabam a recomendar aos pais - unicamente porque as crianças estão muito cansadas, "coitadinhas" - que o melhor seria que elas ficassem a dormir em casa dos avós. "Só nesta noite!..."
Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque são uns despesistas! Se as crianças querem um ovo de chocolate vão, quase a correr, e compram. Quando as crianças param junto a uma máquina reluzente, num impulso, tiram mais uma bola, de plástico, mesmo que a surpresa, que sai lá de dentro, ganhe, aos olhos das crianças, uns "longuíssimos" 20 segundos de glamour... E quando as crianças, ao saírem da escola, dizem: "tenho fome!" essa é a senha para que, mesmo que os netos tenham acabado de lanchar, os avós sejam levados a concluir que só um bollycao, delicadamente, as irá conseguir aconchegar. Se as crianças, por vezes, chegam aos pais com manhas e com manias a culpa é dos avós. Afinal, quem é que, se for preciso, faz as refeições com a televisão a fazer de especiaria? Ou vai para a janela enquanto que, no vai-vem de mais uma colher de sopa, repete e repete e repete: "Aqui vai uma barquinha carregadinha de..."?
Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque têm toneladas de paciência e quase nunca se esganiçam quando ralham aos seus netos. Porque lhes permitem que, não só vejam os desenhos animados (quase sempre) na sua companhia como - muito pior! - deixam que eles coloquem a cabeça no seu colo e fiquem assim, horas a fio. E sempre que as crianças trazem, da escola, trabalhos para casa - em vez do ar implacável que punham, como pais - aveludam de tal forma a ajuda que lhes dão que – como que por magia - sempre que os netos os fazem ao pé de si tudo se torna rápido, fácil e sem um erro, que seja...
Os avósfazem mal ao crescimento das crianças. Porque as adormecem e lhes contam histórias. Porque dormem com elas as vezes que forem precisas. E as acordam, cheios de doçura, sem o toque a despertar de todos os dias (através do "São horas!", com que os pais lhes conseguem estragar a paciência antes, ainda, de as acordarem). Como ainda lhes levam leite, cereais e "pãozinho" à cama, enquanto passam com a mão nos caracóis dos netos e, indiferentes à concorrência desleal que fazem aos pais, contam as mesmas histórias de todos os dias.
Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque acarinham as asneiras, fazem de força de bloqueio às regras dos pais e, sem que abram a boca, lhes sussurram, com meia dúzia de gestos: "Filho, eu encolhi os castigos!". E porque fazem de governo-sombra, sempre que os pais estão num dia mau e, à boleia de mais um "a partir de hoje!...", tentam pôr regras onde, antes, havia, sobretudo, uma democracia feita de "algodão doce".
Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque sorriem, sempre que as vão buscar à escola. E sorriem, quando elas, com o embaraço dum batoteiro, dizem que não têm trabalhos de casa. E sorriem quando repetem lengalengas. E sorriem quando contam histórias, e quando fazem truques e magias. E sorriem quando elas estão com os nervos em franja. Sorriem, sorriem tanto, que até irrita. Aliás, se as crianças fazem birras, depois de um fim-de-semana com os avós, não é tanto para perceberem quem manda mais, quando os pais e os avós estão uns ao pé dos outros. É que, sempre que os avós afiançam que as crianças se portaram de forma exemplar, os pais perdem o sorriso e ficam com tamanho ar de contrafacção que, por momentos, elas chegam a temer que o tempo de fadas-madrinha esteja a chegar ao fim e que, ao voltarem a casa, só sobem a Cruela e o Capitão Gancho...
Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque se vingam do tempo que não tiveram, enquanto pais, e parecem estar, agora, eternamente disponíveis. Porque permitem aos netos aquilo que nunca permitiram aos filhos. Porque perderam em austeridade tudo aquilo que ganharam em ternura. Porque tocam e porque abraçam os netos dez vezes mais (ou dez vez melhor) se compararmos os seus mimos para com os filhos. Porque amam de forma tão generosa, tão transparente e tão bonita que fazem com que os pais se enterneçam antes, ainda, de se indignarem, como filhos. E porque são, muitas vezes, mais sensatos e mais sábios que os próprios pais.
Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque as tratam por "minha querida" ou por "meu amor" e esse tom açucarado torna-se um vício. E tornam-nas raras, quando elas são, simplesmente... netas. E fazem-nas sentir o melhor do mundo para alguém - duma forma tão especial e tão preciosa - que, num dia destes, sempre que estiverem com os avós, as crianças ainda acreditam que é Natal.
Por tudo isto, os avós são perigosos para os pais. Porque os obrigam a ser mais amorosos, mais justos e mais atentos. E a ser pacientes e a sorrir. E os intimam a escutar com o coração. E a ser firmes, sábios mas serenos. E a ser bondosos, sempre, claro. Por tudo isto, os avós são uma ameaça para os pais. Sendo assim, pais de todo o mundo, uni-vos. E gritai: "Abaixo os avós. Já!"
O Carlos guloso por natureza e "dono" do lindo blog apenasumdetalhe.blogs.sapo.pt , está enjoado de tanto chocolate, pediu uma receita de Tarte Gelada de Bolacha, assim sendo Carlos cá vai, espero que gostes.
Tarte gelada de Bolacha:
Ingredientes: - 400ml de natas - 3 claras* - 4 colheres (sopa) de açúcar - 200g de bolacha maria - leite qb
- 6 gemas - 6 colheres (sopa) de açúcar - 6 colheres (sopa) de água
Bata as natas com o açúcar até obter um chantilly. Bata as claras em castelo e envolva nas natas. Forre uma forma redonda de 20cm de diâmetro com película aderente** (para desenformar melhor) e vá fazendo camadas de bolacha embebida em leite e creme de natas. termine com uma camada de natas e leve ao congelador até endurecer.
Entretanto, misture as gemas, o açúcar e a água com uma vara de arames, leve ao lume até engrossar e deixe arrefecer. Quando a tarte estiver solidificada, barre com o creme de ovos e leve novamente ao congelador. Convém retirar do frio cerca de 15 a 20 minutos antes de servir.
* Inicialmente eu não usava mas acho que o creme fica mais leve e assim também se fica com menos claras guardadas :)
** Também pode usar uma forma de mola, eu não uso porque como não comemos toda de uma vez, acho mais fácil de voltar a congelar se estiver com uma película aderente para colocar novamente na forma.
Um blog que também sigo, o da Mafalda Agante, por isso partilho com vocês este manjar dos Deuses e dos apaixonados por chocolate:
Vulcão de Dois Chocolates
Ingredientes: 3 ovos
3 gemas 100 g de manteiga sem sal 100 g de açúcar 75 g de chocolate de leite de culinária 75 g de chocolate negro de culinária 70 g de farinha de trigo com fermento 1 colher de chá de essência de baunilha
Untar formas de queques com manteiga e polvilhar com farinha. Pré-aquecer o forno a 200 ºC.
Derreter o chocolate com a manteiga no microondas. Bater os ovos e as gemas com o açúcar até ficar um creme fofo e esbranquiçado. Adicionar o chocolate com a manteiga e a baunilha, bater novamente. Misturar a farinha peneirada. Verter nas forminhas. Vai ao forno durante7 minutos. Deixar arrefecer uns minutos e desenformar. Servir com frutos vermelhos.
Simples não é?
Acompanhem esta beleza com uma bola de gelado à vossa escolha e:
• Olha, filha, não sei se percebi bem os recados que me deixaste. Dizias que a Matilde não come arroz, mas houve um dia em que ela quis provar do arroz de frango que fiz para mim e para o teu pai e gostou. E pediu para repetir. Duas vezes. Já não me lembro se vocês são vegetarianos ou não, se os miúdos comem carne às vezes ou só às terças e quintas, mas ela pareceu tão consolada que no dia seguinte fiz mais. E também gostou do sarrabulho.
• Não lhes dei bolos, como pediste. Mas o teu pai não leu os recados. E ele deu. Todos os dias ao fim da tarde iam dar um passeio com o avô e o cão e passavam por casa da tia Idalina, que lhes dava uns biscoitos. Só soube isto no fim das férias. Mas acho que os biscoitos são muito bons. Depois peço-lhe a receita para te dar. Mas ela não usa cá açúcar amarelo. Não há disso na aldeia.
• Comeram iogurtes e tivemos de comprar mais queijo porque eles acabaram num instante o que tínhamos cá em casa. Já não me lembro se podiam comer queijo ou não ou se era o leite de vaca que não podiam beber. Mas como é difícil arranjar leite de cabra, comprámos do outro na mercearia e não nos chateámos com isso. Não te chateies tu também.
• Não brincaram com o iPad. Enquanto estiveram cá na aldeia nem lhe mexeram. Mas adormeciam a ver televisão. Dizias uma coisa qualquer sobre ecrãs à noite, mas eu não percebi bem.
• Houve algumas birras. E numa delas o João fartou-se de chorar. Ele disse que ia ligar-te, mas o teu pai disse-lhe para ir mas é jogar à bola e estar calado e a coisa resultou.
• Não lhes comprei brinquedos de plástico na feira, como tu disseste. E eles ficaram amuados comigo e não quiseram voltar à feira mais nenhum dia, o que foi uma chatice. Que raio de ideia, filha. Isso não correu muito bem.
• O champô que mandaste para eles, aquele das plantas medicinais, cheirava mesmo mal. Tem paciência, mas lavei a cabeça dos teus filhos com o meu champô. É bem mais barato do que o teu. Andas a gastar uma fortuna numa coisa malcheirosa, filha.
• As toalhas de algodão armado ao pingarelho que tu mandaste são tão fofinhas e estavam tão bem arrumadas que as deixei estar no sítio. Tive medo de as estragar. Os teus filhos tomaram banho todos os dias e limparam-se às toalhas que havia cá em casa. E não lhes caiu nenhum pedaço de pele. Acho que fiz tudo bem.
• Querias que lhes desse três abraços por dia. Nuns dias dei mais, noutros não dei nenhum. E houve um em que me apeteceu dar um tabefe à Matilde, porque estava a fazer uma fita, mas depois acalmou.
• Não houve cá abraços a árvores. Esqueci-me. E houve um dia em que o Pedro caiu da árvore do quintal e fez uns arranhões. Acho que não tinha vontade nenhuma de dar abraços ao tronco.
• Aquela coisa de o João vestir as saias da Matilde é que me pareceu esquisito. Ele nunca pediu para vestir a roupa da irmã. Eu achei isso bem e fiquei contente.
• Todas as noites ouviram música, como pediste, mas não foi o CD dos monges tibetanos, que isso irritava o teu pai. Ouviam a música dos altifalantes da festa. Não querias o Despacito, mas ouviram isso umas dez vezes por dia. E o Toy também. E o Tony Carreira e o Emanuel.
• Só deves ver este papel quando acabares de tirar as coisas dos sacos dos miúdos. Deixei isto no fundo da mochila do Pedro de propósito. Assim, antes de saberes das coisas que não fiz como tu querias, viste os teus filhos e viste como estavam bem alimentados e cuidados.
PS: não precisas de colar isto na porta do frigorífico. Não quero que gastes fita-cola. Se tiveres alguma dúvida, telefona-me. É isso que as mães fazem: atendem o telefone às filhas para responder a dúvidas sobre os netos.
ESTE TEXTO NÃO É MEU, É DO JORNALISTA PAULO FARINHA, MAS DIZ TUDO SOBRE OS AVÓS, ACHO QUE NINGUÉM O PODERIA FAZER MELHOR QUE ELE E O DR. EDUARDO SÁ.
1. Numa taça coloque as natas e bata em chantilly, adicionando gradualmente o açúcar.
2. Adicione o leite condensado e envolva delicadamente.
3. Numa taça com água gelada coloque as folhas de gelatina a hidratar durante 5 minutos. Escorra o excesso de água e adicione as folhas de gelatina ao café solúvel quente, misturando até derreterem.
4. Adicione o café solúvel com a gelatina ao creme, misturando bem.
5. Numa forma de fundo amovível faça alternadamente camadas de bolachas demolhadas em café solúvel e do creme de café, até terminarem os ingredientes.
6. Leve o bolo de bolacha ao frigorífico durante a noite para refrigerar.
7. Coloque em banho-Maria o chocolate partido em pedaços e o óleo de coco, mexendo até obter um creme liso e homogéneo.
8. Na hora de servir, desenforme o bolo de bolacha e cobra-o com o creme de chocolate.