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mãedocoraçãosoueu

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RECOMEÇAR!!!!!!!!!!

 

Recomeço é uma propriedade particular e cabe apenas a quem decidir executá-lo, saber as suas motivações.

É preciso ter uma coragem absurda para encarar as mudanças assim, de frente e sem querer voltar ao que se era antes, porque toda mudança de rumo tem um preço e ele pode ser bem alto em alguns ou até mesmo na maioria dos casos.

É interessante notar que, por vezes, nem se chega a saber quando a vontade de mudar começou.

Os factos que desencadearam essa necessidade nem foram percebidos como tais.

E embora, em muitos casos, os motivos possam ter ficado claros, quando se toma consciência, a fase inicial da mudança já está instalada, como uma semente prestes a germinar.

A partir daí pode não haver mais volta.

E o recomeço é mesmo uma benção que recai sobre nós quando a vida parece estagnada.

Pode até parecer que não, ou não querermos assumir, mas é comum chegarmos a um ponto que parece ser o final.

É como se a vida não soubesse mais para onde ir, um fim de linha prematuro bem no meio dos nossos planos.

Justamente neste ponto é exigido que se tenha sabedoria.

Sabedoria e a famosa coragem, claro.

Para terminar com a falta de perspectivas, para abandonar o que ou a quem tenha nos tirado o amor próprio, o nosso valor, para voltar a sentir a vida activa pulsar nas veias.

Recomeço é isso: é seguir em frente, mas por um caminho novo, diferente do anterior, onde o caminhar pode até ser incerto, mas o prazer de ter feito essa escolha é garantido.

Abandonar o que fez a vida parar torna-se essencial.

Trata-se de aceitar bem o que já passou, perdoar-se pelos erros e retirar o máximo de aprendizagem das escolhas feitas no decorrer do caminho anterior.

É fundamental ter em mente que a vida não nos oferece, nem nunca oferecerá, nenhuma garantia de ter tudo conforme o planeado.

Por isso mesmo ela oferece-nos a oportunidade de recomeçar.

Há de se entender também que essa transformação não é para que tenhamos uma vida melhor em si, mas para que sejamos melhores enquanto pessoas e a partir daí passar a ver a vida com olhos novos, mais optimistas e satisfeitos.

Recomeçar requer mudança de atitude, de estado de espírito, de ponto de vista; exige força de vontade e determinação.

É ainda ser a mesma pessoa, mas com interesses diferentes e energia renovada.

Os obstáculos não podem parar a semente da mudança quando ela se dispõe a germinar.

Nenhuma vida pode ficar parada enquanto houver um caminho a ser percorrido.

Recomeçar é essencial.

E embora todo o recomeço seja um tanto ou quanto complexo, é em atitudes do quotidiano que ele se revela.

Para quem ainda procura descobrir os segredos, alguém deixou uma dica preciosa:

“Recomece sua vida, sempre, sempre. Remova pedras, plante flores, faça doces. Recomece.”

OLÁ EU SOU A DIANA!!!!A MINHA MÃE CONHECE-ME TÃO BEM!!!!!!!!!

Olá eu sou a Diana.

A minha mãe no Sábado à hora do almoço perguntou-me se eu iria para outro país com ela.

A minha mãe pondera ir trabalhar para outro país.

Eu respondi de imediato que não.

A minha mãe perguntou porquê.

Eu respondi que não a queria aturar.

Mas não era bem isto que eu queria dizer.

Eu queria dizer que gosto da casa onde vivo, da escola onde estudo, do sítio onde moro,dos amigos que já tenho, das pessoas que conheço, este é o meu mundo, não outro país qualquer.

Não conheço outro mundo que não este.

Foi aqui que encontrei a felicidade.

A minha mãe disse que eu tinha que ir com ela, era obrigatório.

E os meus avós?

Fico com os meus avós.

Eles precisam de alguém que cuide deles, estão a ficar velhinhos.

Os avós não duram para sempre.

Diz a minha mãe.

Pois nem as mães.

Pensei eu, mas não disse.

Mas eu quero ficar com os meus avós.

Foi o que eu disse.

Disse também que se me obrigasse eu atirava-me da varanda.

A minha avó entrou em pânico.

O meu avô pela primeira vez calou-se.

A minha mãe não, quis saber mais.

Quis saber o porquê de ter dito tal coisa.

Eu respondi que me atirava mas amarrava uma corda.

A minha avó mais uma vez panicou.

O meu avô mais uma vez calou-se.

O meu avô nunca se cala.

O que terei dito que os chocou tanto?

A minha mãe continuou e perguntou onde iria eu amarrar a corda.

Eu respondi que amarraria à cintura, como se faz nas actividades dos escuteiros.

A minha mãe riu-se.

A minha mãe conhece-me tão bem.

A minha mãe sabia que iria sair um disparate desta boca.

A minha avó riu.

O meu avô também.

Perceberam que eu queria dizer que fugia e depois voltaria assim que a minha mãe partisse para outro país.

E fugiria para onde?

Nem pensei nisso, disse aquilo sem pensar.

Era isto que eu queria dizer e só a minha mãe compreendeu.

A minha mãe com esta conversa não deixou de sorrir.

Pois a minha mãe conhece-me tão bem.

Ainda falam dos filhos biológicos.

Eu sou adoptada, e no entanto a minha mãe parece que está dentro da minha cabeça, lê os pensamentos, decifra-os, como é que ela o faz não sei, acho que ela tem um dom, nunca lhe disse isto mas ela só pode ter um dom.

Mas sei que o facto de estar desempregada ajuda nesse sentido, está mais alerta.

Mas eu também tenho um dom.

Sei que a minha mãe não vai para fora por minha causa.

Sei que ela não me deixaria, embora saiba que mais tarde ou mais cedo eu vou deixar o ninho.

Mas ser mãe é isto, não?

Sabe que eu iria sofrer.

Mãe não te preocupes, não tens que ir para outro país pois vai tudo correr bem.

E digo isto porque tenho um dom e sei que vai tudo correr bem.

 

 

 

 

 

VOCÊS CONSEGUEM VER O OUTRO!!!!!!!!!!!NÃO,NÃO TENHO TEMPO!!!!!!!!!!!!

 

Talvez a dificuldade nos desculparmos com alguém seja uma das características mais comuns a várias pessoas.

E ultimamente em que muita gente se sente dona da razão, reconhecer o próprio erro torna-se um artigo de luxo.

Estamo-nos a afastar muito uns dos outros, cada vez com menos tempo para cultivar relacionamentos humanos, assoberbados que estamos com tarefas mecânicas e com trabalhos acumulados.

Para que possamos consumir pelo menos alguns itens da lista material que nos cerca, sobra-nos quase nada para conversar com as amigas, com o companheiro, olhar as tarefas escolares dos filhos, conversar com eles, saber ler nas entrelinhas, saber se está tudo bem com eles, falta-nos tempo.

Poderão dizer:

Porquê este texto? 

Tu até estás em casa de que te queixas?

Não me queixo é verdade, mas não se esqueçam que já trabalhei e sei bem do que estou a falar.

Enquanto lá fora nos distanciamos do que é humano, também aqui dentro tudo está a ficar menos humano, menos sentido, menos gente.

É preciso estar com gente para quem sejamos mais essência do que aparência, mais sentimento do que ostentação.

Porque as coisas que adquirimos parece que nos vão coisificando, tornando o nosso íntimo mais frio, assim como todas as quinquilharias que nos cercam.

Centrados paulatinamente em nós mesmos, achamos que nosso mundinho é a única verdade que existe.

Queremos ter razão, queremos ser melhores, queremos prevalecer sobre os demais. Queremos que nossas vontades sejam satisfeitas, temos pressa em comprar, em ter, somos impacientes.

No entanto, relacionar-se com alguém requer demora, desprendimento, concessão e troca.

E isso necessariamente necessita de que nos coloquemos no lugar do outro.

Somente quando nos conseguimos ver com os olhos do outro é que seremos capazes de perceber os nossos erros.

Somente saindo do nosso eu é que conseguiremos perceber o alcance do que fazemos e falamos, compreendendo que nem sempre estaremos cobertos de razão.

Por isso é raro quem pede desculpas, enquanto há muitos que arranjam pretextos para manter a falsa ideia que possuem de si mesmos, os que acham que têm sempre razão.

Bonito é gente que se vê.

Bonito é gente que nos vê.

PORQUE JÁ PASSEI POR ISTO PECO-VOS!!!!!!!!!!ENSINEM OS VOSSOS FILHOS A SEREM GENTIS!!!!!!!!!!!

 

Uma mochila nova, lancheira, sapatos e roupa escolar estão à espera pelo primeiro dia de escola da minha filha.

Houve uma empolgação no ar quando compramos livros e material escolar.

Tal como as outras crianças ela escolheu seu lugar.

Ela deu um grande sorriso para sua nova professora e conversou interminavelmente sobre a escola estar a começar  e como ela estava animada por voltar e aprender.

Ela foi cortar cabelo e contou à cabeleireira que iria começar a escola.

Vou tirar a tradicional foto do primeiro dia de aula, e vou olhar para ela todos os dias até me cansar.

E é aí que tudo irá terminar.

Como muitos pais ficam felizes e aliviados por voltar a uma rotina eu fico apenas com o nervosismo e a ansiedade.

As férias em casa foram felizes.

A minha filha é uma criança que consegue explorar o ar livre e experimentar a vida como uma criança despreocupada e curiosa.

Ela brinca com as crianças vizinhas até a hora de jantar e explora os acampamentos no fim de semana com os escuteiros.

Ela faz tortas de lama e suja as unhas que depis precisam ser cortadas e esfregadas com frequência.

 

Mas Infelizmente, a escola traz outras experiências.

A criança que brincou despreocupada até a hora de jantar com os vizinhos é a mesma criança que é frequentemente vista sentada com seu professor de apoio na sala de aula e a brincar sozinha no recreio.

As unhas que cresceram e ficaram todas sujas durante as férias foram substituídas por unhas roidas, cortadas e mastigadas, tanto que a roupa frequentemente chega a casa ensanguentada.

A menina que conversava sem parar com a família e os amigos é a mesma menina que é quieta e reservada na escola, frequentemente calada quando é chamada ou quando alguém lhe faz uma pergunta.

A criança que conseguia explorar durante as férias e realizar atividades variadas é a mesma criança que perde o foco e não se consegue concentrar na escola.

Minha filha tem deficiências de aprendizagem invisíveis.

No entanto, por trás delas, ela é uma criança como todas as outras.

Aliás, se olharem bem, verão que ela tem muito para vos ensinar e aos vossos e seus filhos.

Não a olhem como deficiente, pois não é.

Olhem-na como uma menina normal mas que tem necessidades específicas, uma menina gentil,carinhosa e educada.

Ensinem os vossos filhos a ver estas crianças com os mesmos olhos que veêm as outras.

Audem-nas a intregrar-se.

Cabe-nos a nós pais essa tarefa.

 

 

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