ATÉ ONDE ESTÁS DISPOSTO A MUDAR PARA SERES ACEITE!!!!!!!!!!!!
Certo dia deparei-me com uma citação que não mais esqueci.
Resume-se ao seguinte "encaixar" e ser aceite.
“ encaixar-se e ser aceite não são a mesma coisa. Na verdade, encaixar-se é um dos maiores obstáculos para a aceitação. Encaixar-se tem a ver com avaliar uma situação e tornar-se quem você precisa ser para ser aceite. A aceitação, ao contrário, não exige que você mude, ela exige que você seja quem você realmente é”.
Isto para mim foi como um soco no estômago.
Pois durante algum tempo importei-me mais em me encaixar do que em ser aceite como realmente sou.
Durante muito tempo esforcei-me mais para ser a pessoa que esperavam que eu fosse, com medo de ser desaprovada e menos amada, do que para ser alguém coerente com as coisas que realmente fazem mais sentido para a minha vida.
O medo da rejeição fazia-me atender às expectativas sem me questionar quais eram meus desejos,as minhas opiniões,as minhas certezas.
Viver de acordo com o que esperam de nós e não como realmente somos é perigoso e deixa-nos doentes.
Viver suprindo as expectativas dos outros faz-nos olhar para nós mesmos com desamor, pois valorizamos mais o que é exigido de nós do que aquilo que realmente desejamos.
Viver sem coragem de assumir as nossas escolhas,os nossos gostos pessoais,os nossos contentamentos ou desgostos como se isso fosse errado ou vergonhoso, diminui o nosso amor-próprio e nos conduz a uma vida dolorosa de aparências.
Não precisamos ter receio de não sermos “bons o bastante”.
Não precisamos de esconder as nossas escolhas, gostos, preferências, contentamentos e desejos sob um manto de “perfeição” que só satisfaz quem está do lado de fora, mas não satisfaz quem habita nossa própria pele.
Aos trinta e tal anos, a com muitos hematomas, aprendi a assumir quem sou de facto.
Tenho descoberto que muito daquilo que eu acatava como certo, não é certo para mim.
Tenho acariciado a minha alma ao reconhecer que também faço boas escolhas, baseadas no que acredito, e não naquilo que é simplesmente imposto e ordenado.
Tenho aprendido que minha baixa autoestima também vinha do facto de que eu duvidava da minha própria capacidade de posicionamento, pois preferia seguir o “guião" a ousar dirigir minha própria versão da história.
Algo dentro de mim fica triste ao perceber que demorei tanto tempo para aprender isto.
Porém, algo também se iluminou, pois percebi que, embora tenha assumido minha própria identidade, não perdi o amor daqueles que realmente importam.
Quando achamos que não somos bons o bastante, ou quando nos condicionamos a acreditar que nossas opiniões e argumentos são fracos e insignificantes perto das opiniões e argumentos dos outros,simplesmente fechamo-nos.
Preferimos não opinar, não argumentar, não correr riscos, não nos expor.
Porém, também não vivemos uma vida plena.
Não descobrimos que sim somos bons o bastante, que somos sim corajosos e fortes, que somos sim dignos de sermos escutados e apoiados.
É preciso acreditar que não importa o que pensam, dizem ou esperam de nós.
Nós temos muito valor.
Nós temos valor mesmo se discordarmos de alguém, mesmo se optarmos por outro caminho, mesmo se fizermos ou não fizermos o que esperam de nós.
Nós não somos perfeitos, mas ainda assim temos valor.
Às vezes é preciso fazer algo muito diferente do que está estabelecido para que percebamos que realmente o mundo não desaba quando ousamos sermos nós mesmos.
Na hora dói, magoa, e perguntamos se fizemos a coisa certa.
Mas depois passa.
As pessoas começam respeitar-nos mais e, o mais importante, nós começamos a respeitar-nos mais.
Pois descobrimos que aquela voz interna que falava baixinho dentro de nós, também tem força, importância e muita convicção na sua argumentação.
Às vezes, descobrir que somos as “ovelhas negras” da família não nos torna pessoas más, mas sim pessoas que têm a coragem de expor suas imperfeições e vulnerabilidades do mesmo modo que expõem seus dons e qualidades.
Pessoas que ousam ser quem são independente do que os outros desejam que sejam.
Pessoas que têm a maturidade de se posicionar com segurança, correndo o risco de decepcionar alguns, mas certamente de ganhar a admiração e o respeito de outros, e mais ainda, de si mesmos.
Enfim, gostava de terminar com mais uma citação.
“Desnudar-se emocionalmente significa correr um risco muito maior de ser magoado. Mas, quando faço uma retrospectiva de minha própria vida e do que viver com ousadia provocou em mim, posso dizer com sinceridade que nada é mais incômodo, perigoso e doloroso do que constatar que estou do lado de fora da minha vida, olhando para ela e imaginando como seria se eu tivesse a coragem de me mostrar e deixar que me vissem”.
E por estas e por outras fui uma das funcionárias da empresa onde trabalhava a quem propuseram um acordo, depois de mim vieram mais, mas eu fui a primeira, isto porque era a ovelha negra, a que falava, contestava, defendia, argumentava, contrariava, dizia que não,não aceitava injustiças, não aceitava que só por sermos funcionários achavam-se no direito de berrar connosco e dizer palavrões, um patrão que diz palavrões e que em vez de falar berra à frente de tudo e de todos não é um patrão, e no meio daquela confusão também dizes palavrões ao teu patrão,também berras,não falas, não consegues, para seres ouvida tens que berrar algo que era impensável para ti, humilhar colegas à nossa frente, falar com eles como se estivessem a falar com uma criança, quando alguns deles tinham quase 60 anos, não importa a idade , o respeito pelo outros não tem idade, é respeito, só, apenas, respeito, mas os meus colegas não respondiam ficavam nervosos,o trabalho já não corria bem, o ambiente tornava-se insuportável.
O exemplo vem de cima
Se quem está no topo não dá o exemplo.................. a casa desaba.
Os patrões raramente se lembram, a empresa precisa deles mas eles precisam dos funcionários.
Mas a resposta que dão é "há muita procura lá fora"
Sim há e com muito valor, sim é verdade mas tu também tens o teu valor.
Tu conheces os cantos da casa.
Por esse moivo e numa situação de muito stress à procura de um novo funcionário, lembraram-se de mim.
Porque trabalhei em todos os departamentos, porque substitui muitos dos meus colegas.
Mas não obrigada, pois eu não iria mudar, eu sei, eu conheço-me e sei que não iria mudar, embora me tenham dito que o devia fazer.
Mas mesmo assim obrigada.
Como diz a Sofia até onde estás disposto a dar a outra face?