A minha filha começou a adolescência aos 15 anos, provavelmente devido ao seu deficit cognitivo, associado a uma imaturidade, mas ela chegou, ai se chegou, maldita adolescência, mas temos que ser pacientes contudo com regras e disciplna, poque isto não é uma democracia, é sim uma ditadura, e eu ainda cá mando, mas com calma vamos lá chegar
A ADOLESCÊNCIA CAPITULO UM - AS CALÇAS DE FATO DE TREINO
- Mãe hoje não fiz educação fisica
-Porque?
-Porque meteste no meu saco calças de fato de treino e eu queria leggings
-Qual é o problema das calças de fato de treino?
-São para andar em casa, para educação fisica são leggings, fizeste de propósito, eu sei.
-Tiveste falta?
-Não o professor é novo
-De certeza que não tiveste falta? Eu vou perguntar à tua diretora de tuma.
-Se calhar tive.
-Que seja a primeira e a última vez que fazes tal coisa, que fique bem claro esta foi a última vez
-Então não me ponhas no saco calças de fato de treino!!!
É de ressalvar que sou eu quem lhe prepara o saco de educação fisica, ela prepara sempre o dos livros, faço-o porque faço, porque não me dá trabalho, mas contudo ela podia fazê-lo, sim podia, mas também não é por aí, eu não me importo.
A adolescência consiste no período do desenvolvimento humano de transição entre a infância e a vida adulta. Caracteriza-se por um processo de maturidade crescente, que envolve uma série de transformações físicas, emocionais, cognitivas e sociais.1
É um período em que o jovem perde a confiança completa que existia durante a infância, nos pais, quando estes eram os principais modelos a serem seguidos e, portanto, os seus grandes heróis. Passando agora, para a autoconfiança no manejo da vida, à partir de suas próprias ideias e experiências sobre o mundo.
É nessa fase que tem início a puberdade com visíveis alterações físicas como o estirão do crescimento, o luto pela perda do corpo infantil e perda da identidade e papeis infantis, pelos pais da infância.
Diante de tantas transformações e percepções, o jovem, parte para a construção de sua identidade, através da busca de valores e objetos pessoais mais permanentes. Nesse sentido, aumenta-se a necessidade de vivências e atitudes de tendências grupais, a necessidade de intelectualizar e fantasiar, uma vez que seu desenvolvimento cognitivo já permite criar hipóteses. Observa-se uma capacidade de senso crítico e, por isso, podem ocorrer crises religiosas, atitudes sociais reivindicatórias e condutas contraditórias.
Embora alguns aspectos possam ser generalizados a vivencia é singular, bem como a forma de lidar com cada situação, principalmente no que tange ao desenvolvimento da sexualidade, a separação progressiva dos pais e as constantes flutuações do humor e do ânimo.
No âmbito geral há uma grande preocupação com a aparência, querem ser diferentes, mas, se vestem iguais, devido à preocupação com o grupo.
Os adolescentes precisam de grupos e experimentam diversos grupos para tentar se encaixarem e se sentirem aceitos, afim de sair do desamparo, da solidão, evitar a exclusão e se sentirem pertencentes.
Porém, essas atitudes levam ao risco de comportamentos influenciados pelo grupo, muitas vezes indesejáveis pelos pais.
Diante dos conflitos buscam sempre um senso de justiça e quando há êxito na resolução é um exercício para a autoestima, caso contrário haverá insegurança.
A vivência temporal é focada no aqui e agora, um ano é muito tempo e por isso, não se importam com o futuro.
Para lidar com tudo isso, o apoio dos pais na fase anterior é fundamental, pois uma adolescência saudável começa na infância1.
Se a compreensão do universo adolescente é um desafio para os pais, que já vivenciaram essa fase, imagina para os próprios adolescentes que estão no meio do turbilhão.
Portanto, a compreensão e o direcionamento para a fase adulta pode ser um bom caminho diante dessa fase de transição.
Não é difícil adoptar, não não é, mas é dificil ser mãe, ser mãe de uma dolescente que estando 19 graus e um vento frio, ainda vai de top para a escola, vai de top mas eu obrigo-a levar uma camisa e um blusão, isto aqui em casa é uma democracia, mas há laivos de ditadura, pois se assim não fosse ela ia de biquini.
E além disso já lhe disse que um dia destes sem ela saber apareço na escola para ver o que anda a fazer.
Ficou apreensiva, pois ela sabe que sou benevolente,sim sou, pois eu também já fui adolescente, oh idade estúpida!! mas quando me dão os 5 minutos, oh lá lá, cuidado que eu viro fera
Aliás quando falo na adolescência cá em casa a minha mãe diz sem ela ouvir:
-Paula tu com a idade da menina tanmbém fazias das tuas!
Sim, fazia, mas tal como diz o ditado:
" Não olhes para o que faço mas sim para o que digo"
Nasci para a amar,disso eu sei mas começo a ficar triste, as notas não estão a ser lá muito boas, estou a ficar muito triste, anda com a cabeça no ar, ele é festas de aniverário, festas de Halloweeen, bem vamos ter que terminar com isso pois não estou a gostar das notas e não pode reprovar outra vez, pois já vai fazer 16 anos, mas a culpa é minha não a devia deixar nestas andanças, mas vou dar o beneficio da dúvida, vamos esperar pelos próximos testes e depois dependendo das notas as coisa têm que mudar, vai-me custar eu sei que vai mas tem que ser.
Isto é a dolescência, mas não é desculpa para tudo.
Pode ter um deficit cognitivo mas também tem preguicite aguda e gosta pouco de estudar.
Um dia destes num almoço em casa de uma prima estavamos à mesa a conversar e a minha prima diz:
- A Inês( filha de outra prima ) foi a melhor aluna do colégio, aliás ela e namorado.
Fiquei um pouco calada e depois pergunto:
-Que idade tem a Inês?
- Tem 15 anos
-15 anos e já namora?
-Oh! prima nunca pensei que fosses tão "quadrada"!!!
Devo salientar que a minha filha e os meus pais estavam comigo, a miúda nem um pio, não disse nada.
-"Quadrada"? Achas que 15 anos é idade para namorar? 15 anos é idade para estudar, divertir-se, sair com os amigos, não é a idade para andar agarrada a um chavalo qualquer, não é idade para andar com a cabeça na lua e não pensar nos estudos, não é idade para passar a vida ao telemóvel a mandar sms o tempo todo, não é idade para aturar as noias de um puto que poderá até ser ciumento ou possessivo, não é a idade para chorar e sofrer porque se acha que se ama e se perdeu o amor da nossa vida, 15 anos não é idade para isso tudo, e mais não é a idade própria, pois se houver um problema mais grave elas não vêm ter connosco para pedir conselhos, vão ter com as amigas e daí não poderão vir os mais apropriados.
Todos se calaram, entretanto o meu pai manifesta-se:
-Se eu a for buscar à escola e a vir, como vejo alguns em frente ao portão da mesma agarrados e aos beijos à frente de toda a gente, leva ele e leva ela.
Tadinha ela só ouvia, nada dizia, mas por vezes temos que ser um bocadinho mais duros, há idades para tudo e hoje em dia os adolescentes têm muita pressa, e a pressa é inimiga da perfeição,associado a isso vêm depois situações bastante graves, enquanto eu puder evitar isso, vou tentando.
O meu pai sempre foi muito rigido em relação a este tema,dizia-me sempre:
-Namorar só aos 18 anos, e como o respeitinho é bonito e eu gosto, eu namoriscava às escondidas, namoriscar não sabia a nada ainda por cima estando sempre com um olho aberto a ver se o pai não poderia passar por ali.
Comecei a namorar a sério aos 19 anos, fui muito a tempo, foi um namoro sentido, durou 4 anos, infelizmente, pois podia durar mais mas acabaou, e acabou com muita dor, mas nessa altura eu já tinha 24 anos e foi com a minha mãe que desabafei, e foi no ombro dela que muito chorei. Quando iniciei esse namoro, estudava à noite e trabalhava de dia, mas já tinha uma maturidade diferente de quando tinha 15 anos, aos15 eu queria ir para a praia com as amigas, dvertir-me e se me diverti!!!! sair com elas, ir aos bailes da paróquia, dormir em casa delas. BONS TEMPOS.
Quanto ao sexo e tudo o que tinha a ver com esse assunto falava com as amigas, não falava com a mãe, mas acho que me ensinarm muito bem, e depois com o meu primeiro namorado, aprendi o resto, aliás aprendemos um com o outro, pois eramos ambos virgens.
Só espero que a minha filha acerca deste tema fale comigo essa é uma das minhas obrigações como mãe, mas confesso que provavelmente não irá ser fácil, não sou púdica, de todo, só quero é que ela entenda que o sexo é bom , mas é melhor se for com a pessoa certa, é óbvio que nunca sabemos quem é a pessoa certa mas que não seja com um daqueles namoricos de 1 semana ou 2.
Agora grande e a pensar que é adulta um beijo já chegava.
Quando era pequenina eram beijos até fartar.
Agora que pensa que é gente ora dar um já deve bastar.
Não minha menina as coisa não funcionam assim.
És minha e ainda quero alguns beijos para mim.
As coisas mudam, as crianças mudam, quem pensa o contrário engana-se, eu assim pensava e enganei-me.
Quando era pequenina e a ia buscar à escola lá vinha aquele grande abraço, aquele grande beijo e aquele grande berro "Mãe" e aquele trepar colo acima como uma macaquinha.
Agora não a vou buscar à escola, quando digo escola falo no secundário, mas quando ía pedia-lhe um beijo e a resposta era:
-Oh mãe! Oh mãe! Por favor!
- Ok não queres dar não dás mas ainda os hás-de pedir e não tos vou dar
O beijo da manhã e quando chega a casa são obrigatórios, os outros fora de casa são dados a correr para que ninguém veja.
Nunca fui muito beijoqueira mas com a minha filha esgotava-os, com o beijo é sentir o cheiro da sua pele é dizer que te amo sem usar as palavras, é dizer estou aqui para ti, eram tantos os beijos, agora são tão poucos.
Também é obrigatório o beijo quando vai sair, seja para escola, seja para os escuteiros seja para ir com as amigas ou ir para casa delas, se eu dispensasse esses também, daqui a pouco já não sabia o sabor do beijo dela e é uma memória que quero guardar até ao fim dos meus dias.
Não a posso condenar pois tal como disse não sou nem nunca fui muito beijoqueira, isto porque quando era pequena e as pessoas me davam um beijo eu sem mias delongas limpava de imediato o rosto, a minha mãe ficava furiosa, pois ficava envergonhada, mas eu detestava, pois as pessoas quando me davam um beijo molhavam-me a cara e deixavam o hálito na minha pele, detestava.
Mas eu não dou beijos molhados à minha filha, são sequinhos e mesmo assim a garota evita ao máximo.
Mas não sou a única, se fosse começava a ficar deveras preocupada.
Isto da adolescência não é fácil, pensei que fosse mas não é, SANTA IGNORÂNCIA
Há um ano ano atrás era eu quem escolhia as roupas da minha filha, agora com 15 anos, como é óbvio ela é quem escolhe.
Mas faz-me bastante confusão, isto porque usa sempre a mesma roupa, as calças vão para lavar, são passadas a ferro e toca a usá-las outra vez, os tops, a mesma coisa, lava e toca a usar, isto dos tops faz-me confusão, andar com a barriguita à mostra,quando digo a barriguita, digo o umbigo, pois mais que isso não aceito e ponto final,não me agrada muito, mas ela não é a única, mas é minha filha e eu não gosto, mas tenho que aceitar, não vou fazer uma batalha com isto. VENHA O INVERNO E ACABARAM-SE OS TOPS.
E a outra roupa quando a vai usar, agora só querem calças skinny, justinha e como ela é jeitosinha ficam-lhe bem, mas eu não gosto, mas tenho que aceitar.
Há-de chegar o dia em que irá vestir calças e túnicas largas, que até é bem giro, mas para já não quer.
-Oh mãe por favor achas que vou usar isso?
Calçado a mesma coisa, sempre as mesmas sapatilhas, nem dá tempo para a pôr a arejar.
Tal como já disse uma vez quando vamos à escola por algum motivo, é preciso uma radar para a encontrar, pois as miúdas vestem todas as mesmas roupas, calçam todas as mesmas sapatilhas e todas, mas mesmo todas têm o mesmo corte de cabelo, comprido e liso, rara é a miúda que o tem curto.
Que saudades tenho quando a vestia toda "pipi".
Mas há uma coisa que me agrada na minha filha, quando veste uma camisola ou um top que seja transparente, veste sempre uma camisola de alças por baixo.
Os calções bem esses tiram-me do sério, mas ela sabe que tem que usar uma camisa à cintura, isto porque ela vem a pé da escola e é preciso ter cuidado, se não queremos ser assediadas não provoquemos, e no fundo no fundo ela tem medo.
No sexto ano numa reunião com a diretora de turma, esta alertou os pais para terem atenção com as roupas das filhas, pois os rapazes nas aula estavam mais atentos às nádegas das miúdas do que ao que o professor dizia, engraçado que os pais de uma dessas miúdas estavam na reunião, o que eles não sabiam era que a filha deles saía de casa com uma roupa e quando chegava à escola trocava, isto foi-me contado pela minha.