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mãedocoraçãosoueu

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UMA HISTÓRIA PRECIOSA

Moyo era um bebê elefante que estava a ponto de morrer, ele estava atravessando um rio junto a sua manada e a correnteza o arrastou, o separando de sua família. Mas quis a sorte que o refúgio chamado “Wild is Life” o resgatasse, e que sua fundadora, Roxy Danckwerts, o acolhesse como sua nova mãe. Agora Moyo a acompanha em todas as tarefas domésticas, ajudando no que pode.

O detalhe lógico deste caso é que o crescimento de Moyo vai complicar um pouco tudo isso. Quando o elefante era um bebê seguia a sua dona por todo o refúgio tendo muitos espaços comuns, mas mais de um ano depois, isso já não é mais tão simples assim. Moyo, bem ou mal-acostumado, ainda quer seguir a sua dona a todas as partes, mas ele cresce muito depressa e isso dificulta as coisas cada vez mais.

A convivência está sendo um caos, muitas coisas quebradas e situações que transbordariam a paciência de qualquer pessoa, mas o amor mútuo do elefante por sua dona, e o dela por ele, estão acima dessas limitações. Recentemente fizeram um vídeo com este caso concreto.

 

Moyo pesava mais de cem quilogramas ao nascer. Já vimos em filmes animais selvagens que se adaptam à vida doméstica. Mas na vida real o normal é que, se esse elefante continuar com seu rápido crescimento, Moyo terá que viver em um espaço mais adequado, conforme o tempo for passando. No momento ambos desfrutam de um amor que vai além da diferença entre as espécies.

Cuidados com um bebê elefante

Os elefantes precisam de atenção adequada dada por pessoas especializadas em questões do dia a dia deles, como alimentação, cuidados com a pele e pontos relativos a enorme necessidade de beber água que os elefantes têm, eles bebem até 200 litros de água por dia e se as temperaturas forem altas eles, eles precisam de uma quantidade extra de líquidos.

Para suportar o calor, os elefantes africanos costumam ser mais resistentes que os asiáticos, entre outras coisas porque o habitat deles os acostumou a aguentar melhor as altas temperaturas.

Quando os elefantes bebem águaeles têm que fazer o de uma forma muito tranquila para evitar qualquer briga ou outras condutas agressivas. Também precisam de água para se limparem. Quanto às características da água potável, ela tem que conter o nível de metais adequado, para não contaminar as trombas. Terá que ser levado em conta a quantidade de água que eles tomam em cada estação do ano e fase da vida.

A pele do elefante deve ser cuidada diariamente, incluindo a região das orelhas, os bolsos das presas, as patas traseiras, o estômago e a pele ao redor dos olhos. A pele morta da parte posterior terá que ser retirada, pois pode demorar muito para que o animal se desprenda dela por si só.

Depois do banho, o ideal é que o animal se seque o quanto antes, sem tomar friagem.

Alimentação durante o crescimento do bebê elefante

Elefante e filhote

Para alimentar um filhote de elefante, o melhor é usar uma garrafa grande que contenha uma mistura de leite desnatado e óleo de coco. Embora a princípio as mamadas devem ser feitas a cada três horas, isso irá se reduzindo até que chegue a três vezes por dia, porém aumenta-se cada vez mais a vegetação como forma de alimento. Também é importante que se leve em conta que o elefante precisa de leite durante três anos e do óleo de coco por até cinco anos.

Os bebês de elefante precisam de muita atenção, contato e carinho, é importante que interajam com eles sempre, dando muita água e desfrutando de brincadeiras físicas, como empurrar, jogos carinhosos de luta, etc.

Durante a noite, é muito importante cobrir o elefante com uma grande manta áspera para imitar a mãe, e inclusive dormir ao lado dele até os dois anos de idade.

Também a socialização é importante, quer dizer, juntá-lo a outros de sua espécie para que ele se comunique. Manadas selvagens costumam aceitar os elefantes órfãos muito bem, os elefantes são animais muito sociáveis entre eles.

Hoje antes da hora de almoço estava a ver este documentário na televisão e fiquei colada ao ecrã, fiquei tão sensibilizada com esta história, não conhecia esta senhora, nunca ouvi falar dela mas revejo-me nesta história, poderão dizer, que estupidez estamos a falar de animais!!!!! NÃO, estamos a falar de animais irracionais segundo os intitulam, mas qual a diferença, eu adoro animais e se pudesse também os adotava para cuidar deles, o pequeno Moyo é uma criança, haje como uma crianca e Roxy trata-o com tal, é uma adoção, apenas com uma nuance, ela adota animais e depois de cuidar deles devidamente, larga-os e deixa-os ir, viver a vida deles, pois tal como os nossos filhos eles são do mundo e têm que singrar nele.

ISTO É AMOR, E O AMOR TAL COMO DIZEM NÃO ESCOLHE CÔR,IDADE E NESTE CASO RAÇAS!!!!!!!!!!!!!!!

UM MONSTRO PERTO DE CASA

Estou toda a tremer ao escrever isto!

Fiquei agora mesmo a saber que o homem de Matosinhos que violou a filha de 9 anos é meu vizinho, companheiro de uma ex amiga minha que adotaram duas meninas.

Quando eu soube que essa minha ex amiga tinha adotado, informação dada informalmente pela assistente social, eu só disse:

- Dra só espero que Deus ajude essa crinaça

Eu disse isto pois conhecia bem essa ex amiga, conhecia-a desde infância, mas afinal o que aconteceu foi o contrário, o suposto pai era o Monstro dentro daquela casa,continuo a tremer pois conhecia a  menina, andou com a minha filha no 2º ciclo.

Ainda tremo, não consigo acreditar,pois além de violar a filha mais velha com Sindrome de Down, obrigava a outra a assistir e filmava tudo.

Continuo a dizer QUE DEUS PROTEJA ESTA CRIANÇA.

A minha filha sempre quis ter um pai, e eu sempre lhe disse que um pai não assim tão importante, teria eu razão? È óbvio que as pessoas não sou todas iguais.

Continuo a acreditar que a mãe não sabia, pois não a teria levado ao hospital, podia ter encoberto a situação de outra maneira, tendo a criança uma deficiência,  o que irá acontecer a estas crianças? Irão ficar com a mãe? Vão voltar para a instituição? Qual a melhor solução?

Tem graça, quer dizer não tem graça nenhuma mas passou-me pela cabeça se não teria sido este gajo, mas depois passou-me pois via-os e ele era muito meigo com a meninas.

Tenho as mãos a transpirar, tremo e espero nunca me cruzar com este MONSTRO.

Não culpem a Segurança social, continuo a dizer, se eu que ainda o conhecia minimamente não supunha que tal fosse acontecer, não são as assitentes sociais e as psicólogas que o vão adivinhar, pois este gajo ainda por cima era voluntário na Casa do Caminho.

LEMBRO-ME COMO SE FOSSE HOJE

De volta à Diana.

Ainda andava ela no 4º ano e no Centro de Estudos claro! sem medicação, claro!

Estou eu na sala de espera a aguardar que o "chisco" de gente acabe os TPC o que demorava uma eternidade, como já tinha dito tinha dias em que saía de lá às 8H -8H e 30  , e de repente ela abre a porta, a sala cheia de pais e corre para mim, atira o saco da escola para o chão, como sempre fazia, não tinha cuidado com nada, chega perto de mim, naquela altura eu ainda olhava para baixo agora olho-a nos olhos, ora vamos ao que interessa, olho para baixo e diz-me ela:

- Mãe tirei não satisfaz a Matemática, Português e Estudo do Meio, estás feliz?

Ficou tudo a olhar para nós à espera da minha reação pois a maioria das crianças daquele centro de estudos eram ótimos alunos,

Tal como disse olho para baixo e digo:

-Tu estás feliz filha?

- Estou mãe.

- Então se tu estás feliz eu também estou

Estavam à espera de quê? que lhe desse um sermão daqueles só para fazer boa figura, não, eu só queria e quero que seja feliz,  tudo resto são peanuts.

Lembro-me deste dia como se fosse hoje.

Filha quero que sejas acima de tudo uma EXCELENTE PESSOA, se o fores tudo o resto vem por acréscimo.

VOLTAMOS À DIANA E ÀS CONSULTAS

Ora bem vamos continuar com a história que fez nascer este blog, pois já divaguei um bocadinho.

Após as duas cirurgias aos ouvidos, fomos encaminhadas para Pediatria, uma Doutora Eduarda que realmente não sei o que lá fomos fazer, ela colocava questões, eu respondia, a Diana baixava a cabeça como fazia sempre e nada mais, não gostei destas consultas, mas foi o que nos calhou,não pode ser tudo bom certo?

Mas quando falei sobre a enurese, fomos encaminhadas para Urolodia, Doutor Frederico, bem um espetáculo, um médico 5 estrelas, a Diana fez exames, e mais exames e chegamos à conclusão que sofria de "preguicite aguda" ora qual foi a solução do médico, "ameacar" a Diana que a medicava se não parasse de fazer xixi na cuequita, resultou a pequenita começou a ter mais cuidado e já não era tão frequente, tivemos alta quando lhe dei o feedback, mudamos de pediatra, sinceramente não sei porquê pois não fiz qualquer reclamação da Dra Eduarda, mas acho que ela viu que não estavamos muito recetivas às suas consultas, e sugiu-nos mais um "anjo" a Dra Helana Sá Couto, ainda continuamos em consultas com ela, aliás dia 9 lá vamos nós, temos que nos preparar psicológicamente para estas consultas, pois estamos sempre a " levar na cabeça, principalmente eu, a Dra é muito rígida com a Diana,rigida com o que come, o que bebe, se faz desporto eu sei lá já perdi a conta, e se estiver mal disposta, até me apetece fugir.

Depois de iniciarmos esta consulta, Meu Deus foi um non-stop de outras consultas.

Consulta de Desenvolvimento devido ao deficit cognitivo, Diana já no 5º ano iniciou a toma do Rubifen, foi, digamos uma experiência, mas falarei sobre isso com mais pormenor.

-Ginecologia - ecografia ao ùtero devido à enurese seguido de exame à bexiga, nada , preguicite aguda.

- Pedopsiquiatria- saber como a Diana encarava o facto de ser adotada, foi a consulta mais engraçada que tive, primeira consulta a médica falou connosco e disse:

- Mãe só não vos dou alta pois parece mal pois a Diana está bem resolvida, segunda consulta, foi-nos dada alta

-Ginecologia Pediátrica- Dra Helena durante 3 meses tentou convencer-me a colocar o implante concepcional à Diana pois com o corpinho dela, muito bem feita, não é por ser minha filha, associada imaturidade, ela queria evitar que algo de mau lhe acontecesse, no ínicio não aceitei,não encarei bem, não sei a Diana tinha 10 anos" for god sake," mas lá cedi. Esta foi a consulta que mais me custou a aceitar, mas falarei sobre isto em outro post.

- Análises, todas e mais algumas pois como não tinhamos o historial clínico da Diana até aos 4 anos e meio a Dra queria saber tudo,desde análises ao HIV, sei lá tudo e mais alguma coisa, a Diana, a fofinha fazia tudo sem se queixar.

Oftalmologia, numa das consultas a Diana fez um desenho para oferecer à Dra Helana, aliás quando ela gostava de alguma médica, fazia sempre um desenho, mas como o fez no consultório, e estava de cabeça muito baixa a Dra Helana achou que via mal, lá fomos encaminhadas para oftalmologia, Diana via muito bem.

Consulta de Genética- Lá fomos para para o Hospital de Santo António , a médica fez o que devia fazer, e lá vamos nós dia 9 ver o resultado, mas a médica do Santo António, aliás muito simpática, marcou consulta para o próximo ano, pois mais uma vez está tudo bem com a Diana, e não nos querem dar alta na primeira consulta, tem um deficit cognitivo, não há nada a fazer herdou da mãe biológica.

Continuo a dizer, só tenho a dizer bem do nosso sistema nacional de saúde.

Aliás a Doutora Helena sempre teve o cuidado de mencionar no processo da Diana que o facti de ser adotada era confidencial, assim sendo nehum médico nas consultas mencionava esse facto, quando o  queriam fazer, pediam à Diana para ir à enfermeira pedir qualquer coisa para podermos falar a sós.

Obrigada Dra Helena, apesar de todos os ralhetes.

UM BEM HAJA.

 

 

 

 

MÃE ATÉ ONDE GOSTAS DE MIM?

Muitas vezes a minha filha perguntou:

- Mãe gostas de mim até onde?

- Gosto de ti até ao infinito, e tu?

- Gosto de ti até ao céu, então gosto mais de ti.

- Porquê?

-Porque o céu fica mais longe

Ao fim de um ano estas palavras foram música para os meus ouvidos, como é que uma criança que só nos conhece apenas há um ano  já questiona o tamanho do nosso amor por ela ?

Só que nesta fase a Diana ainda não tinha a noção das distâncias, como ainda hoje com 15 anos não sabe as horas analógicas, só as digitais, está a ser uma aprendizagem gradual, por exemplo se lhe dissermos que tem que estar num sitio qualquer,  às duas e meia, ela pergunta:

- Diz-me as horas certas

- catorze e trinta

- Ah! já entendi.

Ainda existem arestas por limar, mas com o tempo juntas vamos lá chegar, se não fôr hoje, amanhã chegaremos, o importante é chegar.

O DIA DA REVELAÇÃO

Mais uma vez recebo uma chamada da Segurança social, Dra Paula Amorim, assistente social, a Diana tinha 9 anos, tal como disse os contactos mantêm-se mesmo após a adoção definitiva, a pergunta foi:

- Paula já contou à Diana que ela é adotada?

- Não ainda não

Indignação

- Não pode ser tem que lhe contar!!!!!

Liguei de imediato a uma amiga cujos dois filhos eram adotados e ela confirmou, sim tinha que lhe contar.

Lembro-me como se fosse hoje, vinhamos da piscina a pé para casa e pelo caminho, ela toda contente e aos saltinhos, como sempre, eu disse:

- Didi sabes que és adotada, não sabes?

Parou, olhou para mim e disse:

- Mãe foi a coisa mais triste que me disseste até hoje!!!

Bolas, o meu coração parou, que havia de fazer? Não haverá por aí um manual que nos ajude a lidar com esta situação?

A Diana continuou

-Mãe não nasci da tua barriga?

- Não filha nasceste do meu coração.

- Mas eu preferia ter nascido da tua barriga.

Bolas! Bolas! E agora?

- Fofinha a barriga serve unicamente para guardar os bébés o amor está no coração das mães.

Não respondeu.

Chegamos a casa e imediatamente fui procurar o livro Grávida no Coração, livro esse oferecido por uma grande amiga que assim que soube que eu iria adotar, e comecei a lê-lo, não queria ouvir, enfiou-se na cama debaixo dos lençois e dizia:

-Não, não quero ouvir,não quero saber.

Parei de ler e deixei o livro em cima da cama, quando dei conta estava a ver as ilustrações e pediu para lho ler, ouviu, nada disse e até à data, 6 anos depois não voltamos a falar no assunto.Guardou esta informação em mais uma gaveta da sua cabecinha, fechou-a e guardou a chave.

Aconselho este livro a todos os pais adotivos, tem poucas páginas, letras grandes, frases simples, que dizem tudo , e ilustrações muito bonitas , tenho-o sempre à mão, tem uma frase que adoro, após várias perguntas da criança, a mãe faz esta observação:

-   "O PAI NÃO ENGRAVIDA , NO ENTANTO, AMA OS FLHOS DESDE O PRIMEIRO DIA E PARA SEMPRE".

A Diana não tem pai contudo esta frase é dedicada a todas os pais adotivos.

 

 

EIS QUE SURGE MAIS UM PROBLEMITA!!!!!!!!!!!!!

Ainda com várias situações para resolver eis que surge mais um problemita, a pequena Diana fazia constantemente xixi nas cueca, durante a noite não, por incrivel que pareça, mas na escola era todos os dias, como já tinha referido anteriormente bastava-me atravessar a rua sair do emprego e estava na escola, assim sendo entreguei a uma das auxiliares educativas uma muda de roupa e toalhitas para qualquer eventualidade, ora essa eventualidade acontecia todos os dias, todos os dias eu recebia uma chamada e lá tinha que ir mudá-la, perguntava-lhe sempre porquê e ela tinha sempre uma justificação:

- A casa de banho estava oucupada

Mas não era bem esse o caso, o que acontecia é que a Diana como vibrava com o recreio,era a parte favorita de estar na escola, quando tocava para entrar já não tinha tempo de ir à casa de banho, logo na sala de aula se vinha a vontade, fazia e pronto.

Falei com ela e expliquei que os colegas iam começar a reparar e fazer comentários que a iriam deixar triste, mas ela dizia que "não mãe os meninos não reparam nisso". Ela não tinha ideia que as crianças às vezes podem ser tão crueis!!!

Um dia houve em que estou na casa de banho da escola a mudá-la e vejo várias miudas a espreitar para ver o que se passava, e a Diana estava a rir-se, ria-se, eu ausentava-me da empresa para mudar a minha filha, podia ter problemas, mas nesse aspeto os meus patrões por acaso eram compreensivos, e a minha filha ria, passei-me e dei-lhe uma palmada valente no rabo além de um belo sermão, desculpem os pais mais susceptiveis, mas nós mães e pais somos humanas, e eu sou adepta que uma palmada na altura certa......

do riso passou ao choro, eu simplesmente mudei-a guardei a roupa suja e fui trabalhar, o que é certo é que não tive que ir mais vez nenhuma à escola ela passou a ter regras em relação ao xixi, óbvio que cueca e calça iam todos os dias para lavar, pois ainda fazia um bocadinho, mas não ao ponto de ter que a ir mudar diáriamente.

No 3º ano, com a professora Amélia houve um dia em que fez na sala de aula e sem que ninguém percebesse limpou com o casaquito de malha.

Podem perguntar, não teria a criança algum problema?

Não, não tinha, uma das consultas quando começou a ser seguida no Pedro Hispano foi Urologia, e a conclusão é que associada à imaturidade dela havia uma preguicite aguda para o qual os médicos não têm solução.

Mas sobre as consultas falarei num outro post.

 

E COMEÇA A ESCOLA- O PESADELO

O inicio da adoção de uma criança de seis anos, além de toda a papelada e todas as burocracias  começa por mudá-la  de escola, pedir transferência , blá,blá, não é fácil, e isso verificou-se porque a Diana veio para mim em Janeiro, e só foi para a escola em meados de Fevereiro, quase a acabar o 1º periodo, mau, muito mau, pois se a pequenita tinha muitas dificuldades na aprendizagem, e em parte graças à professora da escola que frequentou que punha de parte as crianças daquela instituição, não só a Diana como outros, embora a educadora de infância da Casa de Cedofeita tenha intervido, nada demoveu a senhora, enfim! cada um é como é e não há nada a fazer.

Como costumo dizer que a Diana assim que entrou para a 1ª classe estava abaixo da linha de água, não sabia escrever o nome dela nem tampouco ainda sabia as vogais, continuo a frisar que estava a terminar o 1º periodo, e como passei por lá e estagiei com este ano letivo, isto ela já devia saber!

Assim sendo ela ficou numa escola mesmo ao lado da empresa onde eu trabalhava pois eu já previa que a coisa não ia ser fácil, tive sorte pois a professora Dulce  aceitou-a de imediato, mas eu é que tive de ir à escola pedir a transferência, não foi a escola "mãe" que tratou disso, sendo assim não o conseguia, uma correria, um stress sem fim, a Diana estar em casa e não na escola, o atraso na sua aprendizagem a agravar-se ainda mais por não estar a assimilar as bases do ensino, estava a dar comigo em doida( uma das causas do meu emagrecimento), quando se trata de adoção monoparental, estamos sós a tratar de tudo, aliás recordo-me que tive de pedir a intervenção da Segurança social, senão a situação arrastar-se-ia por mais tempo, e foi uma ajuda preciosa.

Diana finalmente entra para a escola e para espanto da professora estavamos perante uma caso muito dificil, de aprendizagem e personalidade, a chiquitita não era fácil, o que vou dizer a seguir poderá chocar algumas pessoas, mas eu dei autorização à professora para dar uma palmada no rabo da pequenita, eu sabia da dificuldade que iriam ter em domar a ferinha.

E uma das coisas que a Diana levava com ela para além dos livros era uma advertência, Nunca mas Nunca ser mal educada para a professora e as funcionárias da escola.

E assim foi, nunca fui convocada para me falarem do comportamento dela e sei que levou umas palmadinhas pois a professora cruzava-se comigo na rua e dizia-me , mas a Diana não, nunca me dizia pois eu iria querer saber o que tinha acontecido ia falar com a professora para saber o que realmente acontecera e ai! ai! .

Mas para grande tristeza de todos estavamos perante um caso muito sério de aprendizagem, isto para quem quer adotar, devo dizer que só verificamos inloco, foi-me dito, sim foi, mas a realidade era bem pior, mas para a frente é o nosso caminho, e assim foi começamos a nossa longa mas longa e penosa jornada.

 

O DIREITO DE ERRAR

Quando conheceram a Diana, amigos e familia toda a gente era da opnião que eu me estava a meter numa situação muito, mas muito complicada, contudo eu ouvi, registei e filtrei,eu tinha as minhas convicções e nunca iria desitir delas.

Os amigos e  familia são importantes, são o nosso porto de abrigo,  os nossos conselheiros, o nosso ombro para chorar, e todas as suas opiniões são preciosas, mas somos nós quem tomamos a decisão final, e eu até à data não me arrependo da decisão que tomei. Tenho muito orgulho na filha que tenho, e, espero que este sentimento perdure até ao fim da minha vida.

Durante a nossa vida temos o direito de errar pois o que não nos mata torna-nos mais fortes.

 

E CONTINUA A NOSSA HISTÓRIA

Em Janeiro a Diana vem viver comigo, começa assim o processo de pré- adoção, aquela fase onde podemos devolver a criança, estão a ver????? A Diana não me chamava mãe, era Paula isto, Paula aquilo, não me incomodava de todo, pois naquele momento o que representava eu para aquela criança? Contudo ao meu pai e mãe ela chamava avô e avó, vá-se lá entender porquê, também nunca a questionei sobre isso. Há que ter em conta uma questão muito importante, todas as crianças têm personalidade própria, não a podemos mudar, podemos sim moldar, eles têm esse direito, eles têm direito a ter a sua personalidade, nasce com eles, o que nós podemos e devemos fazer é educá-los, encaminhá-los para o caminho certo mas e acima de tudo impor-lhes regras,disciplina, nesse aspeto devo dizer que fui apelidada de "Hitler" eu era muito rígida com as regras e disciplina. Chorei, chorei muito pois para lhe incutir os meus valores, aquilo que ela devia seguir como sendo um código de conduta, foi muito difícil, mas lavada em lágrimas dizia sempre: - Não a vou devolver, não a vou devolver. A Diana tinha uma personalidade muito forte, foi a maneira que ela arranjou para se defender claro, tendo em conta tudo o que passou e o que se estava a passar, pois no fundo era a descoberta de um mundo desconhecido, uma nova vida com pessoas desconhecidas que lhe iriam dar o quê? Nunca chorei à frente dela nem nunca lhe pedi desculpa por a castigar pelo facto de não me querer obedecer e de ser muito, mas muito teimosa querendo sempre impôr a vontade dela. Ela chorava no andar de cima, na cama eu chorava no andar debaixo, no sofá ao lado da minha mãe que nada dizia, apenas me ouvia. Emagreci 10 Kilos, sim 10 Kilos mas, perdi as forças, desesperei, mas nunca perdi a fé.

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