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mãedocoraçãosoueu

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QUANDO UM FILHO SOFRE!!! NÓS MORREMOS UM BOCADINHO!!!

anorexia nervosa,  é um transtorno alimentar que faz a pessoa ver o próprio corpo de maneira distorcida (em geral, muito acima do peso) e, a partir daí, leva a atitudes de risco como dietas restritivas, abuso de exercícios físicos, indução de vômito para expulsar as refeições e até mesmo uso de medicamentos como laxantes. O problema pode afetar qualquer faixa etária ou gênero, mas é mais comum em mulheres jovens.

A perda de peso impulsionada pelo transtorno é extremamente perigosa. Pode provocar baixas na imunidade, enfraquecimento dos músculos e dos ossos, interrupção da menstruação, arritmia cardíaca e convulsões. O quadro chega a ser inclusive fatal em 15% dos casos.

A anorexia está ligada a origens psicológicas e fisiológicas e, uma vez instalada, atrapalha a ação de um dos hormônios que controlam o apetite, a melanocortina, o que deixa a pessoa constantemente sem fome.

Sinais e sintomas

– Perda de peso acentuada
– Preocupação excessiva com a dieta
– Restrição severa na ingestão de comida
– Ausência de apetite
– Uso de truques para dar a impressão de que já comeu ou esvaziou o prato
– Medo extremo de engordar
– Ausência de menstruação
– Redução na libido
– Prática exagerada de exercícios visando à forma física
– Evitar comer na frente de outras pessoas

Fatores de risco

– Pressão social por questões estéticas
– Distúrbios psiquiátricos como ansiedade, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo
– Desequilíbrios hormonais
– Baixa autoestima
– Perfeccionismo exagerado
– Histórico familiar

 

Tenho duas S,s na minha vida

A S do trabalho e a S da faculdade.

Hoje vou falar da S da faculdade.

A minha S tem 2 filhos uma menina e um menino.

Na pré-adolescência a filha da S teve um desgosto de amor.

Coisas de miúdos,dizemos nós.

Quem não tem desgostos de amor?

A filha da S deixou de comer.

A filha da S teve anorexia,  não foi internada pois não era bulímica.

Num jantar de Verão, uma churrasacada em casa da S reparei que a ....queria comer a última espetada, a que sobrou.

Disse para a comer, não quis.

Quando vinha embora disse à S:

-Tem cuidado pois a .............estava ansiosa por comer a última espetada e não o fez.

Isto passou, nem voltamos a falar sobre o assunto, não era nada.

Mas afinal era.

A .....deixou de comer, olhava-se ao espelho e achava que estava gorda, não comia, nada, mesmo nada.

Um dia eu e a S como era hábito fomos sair as duas.

Quando de repente começa num pranto e conta-me tudo o que estava a acontecer.

-Tu bem que me avisaste

Já nem me lembrava, não associei uma coisa à outra, nunca.

Contou-me a história toda.

Só então reparei que a S tinha envelhecido uns 10 anos, estava a " morrer" um bocadinho.

Ouvia-a, chorei também, conhecia a ............desde bebe.

Não queria acreditar.

Nem sei como a S teve tempo para irmos sair, queria desabafar, queria chorar, queria um ombro que não fosse o do marido pois esse também estava a morrer um bocadinho.

No conservatório, planeavam uma viagem à Austria, os professores queriam que a .....fosse, era uma das melhores alunas, e eles achavam que merecia, e sim merecia mesmo, mas como lidar com esta situação?

Reuniões após reuniões com a S chegaram a uma conclusão, a .......ia, mas ficaria num hotel com um professor que iria cuidar dela 24 hora por dia, os outros colegas foram para casa de Austríacos. Problema resolvido, e bem resolvido embora a .......... achasse que não merceia ir. Mas foi e fez-lhe muito bem.

O acompanhamento no Hospital de S. João foi 5 estrelas,para a ..........para os pais e para o irmão.

Os médicos chegaram à conclusão que a........tinha uma estabilidade familar excepcional, o que ajudou à recuperação.

No dia em que a S me contou, quis que fosse lá a casa para a ver.

Fui.

O que vi?

Um esqueleto, uma criança, pois ainda era uma criança, cuja pele era tão translúcida que se viam as veias, quase conseguia ver os seus orgãos através da sua pele. Aquela não era a ............não era.

Fiquei chocada, mas não o demonstrei, apetecia-me chorar mas não chorei, agi com toda a naturaliddae que me foi possível.

Com tudo isto, acabaram as festas e jantares lá em casa, a .......deixou de socializar, deixou de sair com as amigas, dedicou-se aos estudos, e começou a ter 5 em todas as disciplinas, mas contudo pediu para sair do conservatório.

Um murro no estômago dos pais, mas cederam, só lhe pediram para finalizar o 9º ano e depois mudaria de escola, tinha lógica, aquele foi o lugar que lhe causou tanta dôr.

Nós pais ambicionamos que os nossos filhos sejam os melhores em tudo, mas a S preferia que ela fosse má aluna e não ter que passar por aquela provação.

Ambos, pai e mãe envelheceram com esta dôr tão profunda.

Como me disse o P

-Paula isto não mata mas moi.

Após eu lhe ter dito

-Estás tão velho, não pareces o mesmo, saiu-me pois não estava à espera de olhar para aquele homem, marido da minha amiga, meu amigo à 20 anos e vê-lo naquele estado.

-Pois, a pré adolescência e a anorexia!!! As duas coisas ao mesmo tempo, imagina só, não foi fácil.

Não conseguia imaginar!!!!!!!!

Agora tudo voltou à normalidade, mas é uma bomba relógio, a qualquer momento ela pode explodir.

Tudo voltou à normalidade, não é bem assim, muita coisa mudou, mas esta agora é a vida deles em prol da saúde mental de todos. Os almoços e jantares lá em casa são raros, a .........gosta de silêncio, tranquilidade, e estando tranquila os pais também estão, contudo o irmão mais novo leva amiguinhos lá a casa, incluindo a minha filha, mas nada mais além disso.

De facto às vezes fazemos de coisas tão pequeninas um bicho de sete cabeças, e quando nos defrontamos com uma situação destas?

Lutamos ou desistimos?

Miutos pais entrariam em depressão, o que é legitimo, estes não, agarraram-se um ao outro e lutaram até ao fim, um foi a âncora do outro, nunca houve um EU, mas sempre um Nós.

E depois há sempre aquela velha questão, mas os pais deviam ter reparado, os pais não estavam atentos.

As coisas não são bem assim, a .........começou por comer muito pouco, com a desculpa das dietas, aí soou o alarme e após observação atenta dos pais é que se deu a confrontação, após a confrontação, deixou de comer, deixou de comer, hospital com ela, pois viram e muito bem que sem ajuda de profissionais não conseguiriam lidar com este problema.

Estes pais foram a salvação daquela menina , mas quando ela adoeceu eles morreram um bocadinho!!!

 

 

 

 

 

ATRÁS DA PORTA!!!!!!!!!!!

Atrás da porta.

Escondo-me.

Fujo.

Refugio-me.

Tapo os ouvidos

Não quero ouvir.

Gosto de ouvir histórias de amor, gosto de conhecer pessoas que têm um casamento longo, nos dias que correm, digo do fundo do coração que fico muito feliz, para mim é a luz ao fundo do túnel, mas......

Há sempre um mas.

A P ficou viúva muito cedo.

Tinha duas filhas .

O marido morreu de repente, tinha 47 anos.

Fiquei incrédula.

Não queria acreditar.

Já não tinha ligação com a P.

Andamos a estudar juntas fomos grandes amigas, mas assim que começou a namorar com o falecido marido deixou tudo para trás.

Continuei com a minha vida.

Ela continuou com a dela.

Encontramo-nos quando a minha filha andava na piscina.

Sempre vestida de preto.

Não largava o preto.

Falamos de trivilidades e sobre as filhas.

Trocamos números de telemóvel.

Começamos a trocar mensagens.

Recebo uma mensagem dela a convidar-me para tomar o pequeno almoço.

Conversamos, relembramos velhos tempos.

Até que de repente a P começa a chorar.

Não entendi.

Começou a desabafar.

Após a morte do falecido marido, descobriu que este tinha amantes por todo o país, uma delas era vizinha deles e foi ao funeral.

Continuei calada.

Descobriu porque após 15 anos de casamento, e após a morte do marido decidiu ir ao computador dele.

Viu tudo no facebook.

Depois foi ao telemóvel, e viu tudo.

Com uma delas já tinha um relacionamento de 6 anos.

Perguntei qual era a maior dôr, a morte ou saber o que soube.

-Saber.

-Nunca contes ás tuas filhas, deixa-as ficar com a imagem que têm do pai.

-Não claro que não conto.

E chorava, eu não sabia o que dizer, ouvi apenas ouvi.

Preferia estar atrás de uma porta a ouvir esta conversa, tapar os ouvidos, não queria acredtar e fez-me deixar de acreditar cada vez mais, por isso não queria ouvir.

Confiava tão cegamente no marido que nunca se deu ao trabalho de ir ao computador, que segundo ela:

-Estava na sala, mesmo à minha frente, nunca tive curiosidade!!!!!!

E chorava, agarrei-lhe na mão e não soube o que dizer.

Ele trabalhava por turnos, ela também, as filhas muitas das vezes iam para os avós, nessa ocasião esteve lá em casa casa com uma das amantes durante uma semana.

Ela ia para o estrangeiro por motivos profissionais, foi nessa altura.

Nunca teria desconfiado? Nunca houve sinais? Se os houve não os quis ver?

Questionei-me tanto depois desta conversa!!!!!!!!

Os vizinhos de certeza que viram, mas todos se esconderam atrás da porta, quem não o faria? Quem teria coragem para lhe contar, sabendo que ela amava aquele marido tão cegamente?

Se eu tivesse visto, se eu soubesse.........

Ficaria atrás da porta de certeza.

Se a fechava?

Não sei responder.

 

 

 

 

 

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