Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

mãedocoraçãosoueu

mãedocoraçãosoueu

VIVER A DOR DO OUTRO!!!!!!!!!!!!!!!! ALTRUÍSMO!!! OU EGOÍSMO!!!!!!

Acho que existe uma linha muito tenue entre ser empático, amigo, afetuoso.

E  confundir que o que dói na outra pessoa, a ponto até de, sem perceber, virarmos a razão, a causa daquela angústia.

Ah, se adiantasse viver a dor do outro…

Se adiantasse gastar tanta da nossa energia vital para entender, para sentir, para tentar acalentar outro coração.

Ah, se adiantasse nos transportarmos para outra pele e tentar fazer mudanças naquela alma e, por vezes até, entregar a própria vida para salvar outra…

Sim, porque se chegarmos muito perto de alguém se está a afogar e estamos desprevenidos, afogamo-nos tambem.

Ou então somos o motivo que puxa o outro para baixo.

É que por mais que nós amemos e queiramos bem, por muito que nós amemos e queiramos retirar os pesos, as dificuldades, o sofrimento, nós nunca poderemos calçar os sapatos alheios, assumir outro corpo, carregar no colo uma outra história de vida.

 

Podemos sim dar a mão, ouvir, estar por perto, até ao ponto em que ajudamos, mas ainda estamos fortes e íntegros, até ao ponto em que ouvimos, mas ainda não somos atingidos diretamente, até ao ponto em que compreendemos, mas não deixamos de cuidar de nós mesmos e da nossa própria vida.

Até ao ponto em que não deixamos de seguir o nosso próprio caminho tendo como missão salvar outra existência.

Cada um tem o seu próprio "guião", a sua aprendizagem.

Eu penso que nós podemos sim tentar melhorar o olhar do outro, se o nosso já aprendeu a ser mais leve.

Mas eu acho que isso se dá mais pela postura com que conduzimos a nossa própria vida, com a forma de sentir que escolhemos para nós.

Acho que nós podemos mais, inspirar do que ensinar com palavras e preocupações.

Acho que nós podemos perceber que transmitir numa energia melhor no mundo é a melhor ajuda que podemos dar.

Demorou para que eu percebesse, mas parece que compaixão demais pela dor alheia não ajuda a amenizar o sofrimento, pelo contrário, aumenta.

Talvez porque viver as dores dos outros agregue pensamentos e forças àquele martírio, e o torne mais real e duradouro.

Talvez porque sofrer juntos ajude a enviar essas vibrações para o universo.

E como já disse várias vezes o universo dá-nos aquilo que nós transmitimos.

Pode ser que pensemos que ao carregarmos a dobrar aqueles momentos difíceis, vai ser mais fácil, vamos dividir os pesos. Mas nem sempre é assim.

Muitas das vezes ao fazermos isso estamos a interferir num processo que não é nosso e que era importante que existisse dentro do outro.

Afinal, uma dor sempre traz uma aprendizagem mais profunda.

Não é fácil perceber isso, e agir assim, mas há momentos em que o melhor que nós podemos faze é cuidar de nós mesmos, por vezes afastarmo-nos, e estar longe das enxurradas de choros e raivas.

Às vezes o melhor que podemos fazer é serenar o nosso próprio coração, deixarmos de nos preocuparmos tanto com outros universos e ir cuidar dos canteiros do nosso quintal.

É tal como alguém entra em histeria e o melhor remédio é levar um estalo para parar e começar a pensar.

Se não houver alguém com coragem para nos dar um estalo, vamos continuar aos berros e não vamos resolver nada.

Mas é inevitável vamos sempre socorrer quem se está a fogar e vamo-nos afogar com ele ou não.

Está-nos no sangue.

Isto se tivermos sangue a correr nas nossas veias.

Porque há quem não tenha.

 

E NÃO É QUE AINDA EXISTEM JOVENS ALTRUÍSTAS É QUE CHEGUEI A DUVIDAR!!!

Jovens universitários do Porto dão explicações gratuitas a crianças carenciadas

No Já T'Explico, projeto criado por alunos da Universidade do Porto para crianças carenciadas, há "aulas" personalizadas misturadas com relações humanas.

No Já T’Explico, projeto criado por alunos da Universidade do Porto (UP) para crianças carenciadas, há “aulas” personalizadas misturadas com relações humanas, em que os aprendizes têm dos 10 aos 17 anos e os explicadores perto de 20. Uma das crianças que frequenta as explicações de Catarina Moreira, 23 anos, estudante de Ciências da Nutrição, tinha nota dois (numa escala de zero a cinco) na disciplina de ciências quando entrou para o projeto, mas vai acabar o ano com nota quatro.

Já Tiago Francisco, 20 anos, a estudar Ciências de Computadores, descobriu no Já T’Explico como ajudar uma criança hiperativa a concentrar-se quando está a estudar. Comprou-lhe um dispositivo em que pudesse mexer enquanto ouvia a explicação e trocou algumas vezes a sala pelo recreio.

São histórias do Já T’Explico, um projeto “feito de jovens e para jovens”, uma organização de estudantes universitários da UP que dá apoio educativo a crianças e jovens, do 5.º ao 9.º anos de escolaridade, com dificuldades financeiras ou carência de apoio familiar.

“Percebemos que havia muita desigualdade em termos educacionais. Uma criança de uma família que não tem condições boas não tem as mesmas oportunidades, não é estimulada da mesma forma. Achamos injusto e que devia haver um espaço em que conseguíssemos pôr os mais pequenos a pensar em grande”, descreve à agência Lusa a presidente do Já T’Explico, Mariana Bernardo.

O projeto tem dois anos e atualmente conta com 137 voluntários distribuídos por vários departamentos desde as explicações, à organização de iniciativas. Os “professores” frequentam cursos como economia, psicologia, engenharia ou letras. Neste ano letivo passaram pelo Já T’Explico 27 ‘alunos’, ora encaminhados por associações, ora por escolas ou juntas de freguesia e também por pais que passam a palavra e contam que existe um sítio onde as sessões de explicação não se pagam.

Mariana Bernardo conta que no ano de arranque apenas duas crianças reprovaram de ano. “Além de nos preocuparmos com as notas, procuramos desenvolver na criança a ambição por dizer ‘eu consigo'”, aponta a responsável que ajuda na matemática, no português ou nas ciências, entre outras disciplinas, crianças com várias realidades culturais, familiares e socioeconómicas, algumas delas institucionalizadas.

Existem três polos de explicações — a escola primária da Lomba no Bonfim, a Casa das Associações Juvenis do Distrito do Porto e o Fórum da Juventude e Cidadania de Vila Nova de Gaia — e um alargamento só avançará se “existir a certeza de que não fica prejudicado o trabalho direto com a criança”. É que os explicadores querem manter aquilo que veem como diferenciador no Já T’Explico: as “aulas” personalizadas e o contacto pessoal.

“Há crianças mais tímidas, mais rebeldes, com mais dificuldades a uma área, crianças mais recetivas a receber ajuda que outras. Temos de aceitar que o ‘background’ da criança não é o mais feliz e, sobretudo, não é o que ela merece. Então tentamos fazer com que o estudo seja um momento de felicidade e que a criança goste de estar connosco”, descreve Mariana Bernardo.

Já Tiago Francisco conta que o método de ensino é adaptado ao aprendiz: “Se percebe melhor com esquemas, fazemos esquemas, se percebe melhor estudando o livro, estudamos o livro”. E Catarina Moreira fala em “aprendizagem mútua”: “Porque eu aprendo com os miúdos e os miúdos comigo”, sintetiza.

O contacto direto com jovens pouco mais velhos é aplaudido por Joana Guimarães, 14 anos, que na última quarta-feira estudou com o Já T’Explico para os exames nacionais do 9.º ano. Esta aluna da Alexandre Herculano soube do projeto através da Associação de Famílias Numerosas e conta à Lusa que “antes tinha mais negativas do que agora” e que “sente mais proximidade” com o explicador do que com o professor da escola. Já Ana Pinto, 12 anos, da escola Ramalho Ortigão, “culpa” o Já T’Explico pelo facto de ter agora “notas mais tranquilas” e elogia as atividades extras, proporcionadas pelo projeto.

O grupo de universitários voluntários criou o “JTE”, um cartão que pode ser adquirido por 14 euros/ano ou dois euros/mês e que proporciona descontos em várias lojas aos aderentes, servindo a receita para as atividades do Já T’Explico. Somam-se parcerias com várias entidades.

Os responsáveis pelo projeto também promovem a atividade “Speed Futuring”, uma espécie de ‘speed dating’ (encontros rápidos) que coloca frente a frente aprendizes e alunos de vários cursos, incluindo de secundário e profissionais, para troca de experiências.

A VANTAGEM DE ESTAR EM CASA E DESEMPREGADA É ESTA, VEJO MAIS TELEVISÃO E VEJO REPORTAGENS COMO ESTA.

FIQUEI TÃO FELIZ, POIS AJUDOU-ME A ACREDITAR QUE AINDA PODEMOS TER ESPERANÇA NOS NOSSOS JOVENS, DEPOIS DE TUDO AQUILO A QUE ASSISTIMOS NA TELEVISÃO, DESDE VIOLÊNCIA GRATUÍTA QUE POR VEZES ACABA EM MORTE, DESDE PRAXES ESTÚPIDAS QUE TÊM O MESMO DESENLACE, HÁ AINDA JOVENS QUE NOS FAZEM FELIZES COM O SEU ALTRUISMO.

UMA NOTA IMPORTANTE DESTA REPORTAGEM É QUE ALGUNS DESTES ALUNOS QUE NADA QUERIAM SABER DA ESCOLA, ENTRARAM PARA O QUADRO DE HONRA DAS RESPECTIVAS ESCOLAS, OUTRA NOTA IMPORTANTE, É O CARINHO QUE ESTE ESTUDANTES UNIVESITÁRIOS DÃO AOS MIÚDOS E ACIMA DE TUDO ALÉM DE OS AJUDAR COM OS ESTUDOS, OUVEM-NOS, OUVEM AS SUAS HISTÓRIAS QUE NA MAIOR PARTE DOS CASOS NÃO SÃO AS MAIS BONITAS, E AO OUVI-LOS JÁ ESTÃO A CONTRIBUIR PARA QUE ESSA CRIANÇA TAMBÉM SEJA UM SER HUMANO MELHOR.

Mais sobre mim

foto do autor

Links

  •  
  • Arquivo

    1. 2019
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2018
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2017
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    Em destaque no SAPO Blogs
    pub