CRIANÇAS PERFEITAS OU CRIANÇAS FELIZES!!!!!!!!!!!!!!!!!
As primeiras idades são fundamentais para todo os ser humano, a necessidade de protecção, a dependência dos seus cuidadores, sejam eles quais for, a sua sede de amor e a satisfação de suas demandas é o que determinará, em grande medida, como se desenvolverão nas suas vidas como adultos.
A maioria das culturas deixa de lado as principais necessidades das crianças e o propósito da vida como tal, coloca-os numa corrida para a qual elas nem estão preparados, argumentando competitividade, liderança, independência, encorajamento e atitudes que os ajudam a destacar-se, superando as habilidades dos outros.
As crianças não precisam aprender a ir à casa de banho aos dois anos de idade, não é obrigatório, nem aprender a ler aos quatro idem, tampouco precisam estar no quadro de honra, nem ter uma parede repleta de medalhas.
Isto não significa que seja errado, mas não devemos pressionar uma criança a fazer algo diferente do que a faz feliz, não devemos comparar, e muito menos traçar um prognóstico da sua vida para suas primeiras demonstrações de presença ou ausências, talentos.
Somos todos especiais.
Pressionamos uma criança a destacar-se num desporto, sacrificando suas horas de lazer, a recreação não é necessária, muito menos quando isso é resultado dos caprichos dos pais ou dos sonhos frustrados.
Se ensinarmos as crianças a ouvir, a fazer o que gostam, a pensar, a administrar as suas emoções, certamente lhes daremos ferramentas para que possam escolher suas próprias opções.
É sempre útil uma orientação, alguma sugestão, mas a imposição não deve ser um recurso.
Entendam que a melhor coisa para as crianças é manter a essência com o seu ser, o que lhes permite ter o equilíbrio que por norma vão perdendo com o passar dos anos, à medida que começam a estabelecer prioridades erradas.
Faz parte.
A contribuição mais valiosa que podemos oferecer aos nossos filhos é o amor, o respeito pelos seus tempos, pelos seus gostos, pelas suas preferências, pelo tempo de qualidade que oferecemos, pelo interesse que mostramos pelas suas coisas, mesmo que os vejamos ainda muito pequenos.
É isso que definirá sua segurança, a sua autoconfiança, seu amor.
O que deve ser encorajado é o impulso de ser melhor que eles mesmos, de fazer de si mesmos, dia após dia a sua melhor versão, não importa o que o irmão, o colega da turma ou o filho do vizinho faça.
Cada ser é único e tem todo o direito de ser feliz, rodeado de pessoas que valorizam o que é, que o guia sem forçá-lo.
Todos merecem crescer,ser formados ,ser amados por quem os rodeia e aprender todos os dias a amarem-se dê por onde der.
Quando essas bases são bem fundamentadas, haverá pouca hipótese de ele não estar alinhado com sua felicidade e certamente destacar-se-á, mas não porque procure competir, mas porque saberá o que quer, o que o faz feliz e será muito difícil para ele não trabalhar.
Não será perfeito.
Mas será mais claro do que muitos o propósito da vida, que não é outro senão: ser feliz!