UMA CARTA PARA TODAS AS MÃES!!!!!!POIS JÁ NÃO ACREDITO NO PAI NATAL!!!!!!!!
Quando nascemos choramos e esse choro é apenas uma metáfora.
Choramos porque nos tiram do aconchego da nossa mãe, quem é que quer isso?
DESCULPA QUANDO CONSIDEREI QUE NÃO ERA UMA BOA IMAGEM TER A MINHA MÃE A DAR-ME UM BEIJO ANTES DE SAIR DE CASA, IDADE ESTÚPIDA
Desculpa mãe.
Desculpa quando passei por aquela fase completamente idiota e desprovida de bom senso, aquela fase em que achei que a minha reputação seria bem melhor se tu não me levasses até à porta da escola.
Desculpa quando considerei que não era uma boa imagem ter a minha mãe a dar-me um beijo antes de entrar num autocarro que me levaria numa visita de estudo, desculpa se nessas viagens nem me ocorria a possibilidade de não te voltar a ver.
O destino às vezes troca-nos as voltas e eu achei sempre que a vida estava garantida, nunca pensei que negar-te um beijo pudesse ser a minha última atitude contigo.
Desculpa mãe.
Desculpa quando me ligavas à hora de almoço e eu rejeitava as tuas chamadas porque estava num café com os amigos e nenhuma das mães deles lhes ligava todos os dias.
Desculpa quando te dizia “mas as mães deles não”, o que importava se as mães deles não se lembravam dos filhos na hora do almoço?
“FAZIAS-ME SORRIR, E TU SABES O QUANTO É DIFÍCIL FAZER-ME SORRIR DE MANHÃ.”
Lembraste quando me deixavas bilhetes no espelho de manhã?
Tenho saudades disso. Fazia-me sorrir, e tu sabes o quanto é difícil fazer-me sorrir de manhã. Lembraste quando estava doente e tu estavas cansada porque o teu trabalho tinha corrido mal, mas preparavas uma sopa quente e cremosa para que eu conseguisse comer sem ter dores na garganta? Obrigada por isso.
Desculpa as noites que passaste em branco porque eu fui sair à noite e tu só querias ouvir os meus passos no corredor para saberes que eu estava bem.
Desculpa quando apanhei a minha primeira bebedeira e vomitei na sanita, disseste-me: “Está tudo bem filha.”, enquanto seguravas o meu cabelo e eu chorava de vergonha.
“ DESCULPA SE NUNCA TE AGRADECI OS JANTARES QUE FAZIAS DIA APÓS DIA ”
Desculpa se nunca te agradeci as inúmeras vezes em que acordavas às 4 da manhã só para me dar o antibiótico a horas certas, desculpa se nunca te agradeci os jantares que fazias dia após dia, mesmo quando estavas doente.
Sabes, nem sempre fui a melhor filha para ti. Nunca te disse o quanto te amo ou se o disse, não foi o número suficiente de vezes.
Queria-te para sempre comigo, dentro de um bolso, junto ao coração.
Desculpa tudo aquilo que nunca te disse mãe.
Desculpa não te fazer o jantar nem ajudar a decidir o que vais cozinhar amanhã ao almoço.
Desculpa-me por ser desarrumada. Desculpa o número de vezes que te disse “Já vou” e não fui.
Desculpa levar-te poucas vezes a passear. Desculpa tudo o que (não) fiz.
Sabes mamã, se eu pudesse criar um mundo perfeito só para ti, fá-lo-ia sem pensar duas vezes.
Dava a minha vida para salvar a tua, e se algum dia a tua vida terminar duvido que eu consiga aguentar a minha.
“OBRIGADA POR ME TERES PROTEGIDO SEMPRE, OBRIGADA POR ME TERES POUPADO ÀS COISAS MÁS DO MUNDO ”
Sabes mãe, no fundo tu és tudo aquilo que me mantém em pé quando as tempestades me abalam e atormentam.
Obrigada por me teres protegido sempre, obrigada por me teres poupado às coisas más do mundo e obrigada por teres tomado conta de mim, sempre.
Obrigada também por me obrigares a encarares as coisa más do mundo e aprender a lidar com elas.
Sem isso seria uma fraca.
És engraçada. E bonita! meu Deus, como és bonita mãe.
Não herdei a tua beleza, mas herdei de ti algo muito mais precioso: o teu sangue. Corres-me nas veias.
Sabes que algum dia terei que deixar o ninho e eu também sei.
Ainda não fui embora e já tenho saudades tuas e da tua voz.
Sinto falta do teu colo, de chorar nas tuas pernas e de saber que entendes a minha dor.
Sabes mãe, às vezes sinto-me sozinha e tenho medo de o admitir.
Não quero ser fraca, nem quero chorar, mas se pudesse tornava-te imortal, porque sei que se um dia me faltares, faltar-me-à o chão e o ar.
Amo-te mãe e lembra-te de me desculpares por tudo aquilo que nunca te disse.