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mãedocoraçãosoueu

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GOSTAR DEPOIS DE AMAR-TE!!!!!!!!!

 

O amor não é uma árvore delicada que se planta no jardim e que logo deixa de ser perfeita, murcha e desfalece em poucos dias.

O amor é a semente que brota do fundo da terra.

Germina, desabrocha e dura.

Ele é a união indivisivel de um com outro, é o tempo.

E dá frutos deliciosos e sombra e paz para a nossa confusão.

É um sentimento que se vai tornado de dia para dia em apreço concreto, quotidiano, diário.

É a valsa que embala a tormenta do nosso peito, é luz que ilumina nosso caminho.

É onde nos encontramos mesmo estando perdidos porque o amor é a escada que faltava para a nossa subida.

É vento que nos conduz em direção aos sonhos.

Faz rir e perder o medo de fechar os olhos a cada beijo.

O amor mais do que companhia, é a metade que nos ajuda a viver.

É o abrir dos olhos ao amanhecer.

Ele dá-nos a mão sem pedir nada em troca.

Dá asas à felicidade. 

O amor não é um sentimento que se vai embora com a chegada das estrelas.

O amor é difícil de ser arrancado do peito, porque cria raízes no coração.

E um dia chega o carrasco do amor, o lenhador aparece com o seu machado afiado e tenta derrubar aquela árvore, aquele afecto que, até então, dava ritmo à respiração.

O lenhador tenta arrancar o amor pela raiz e levar com ele pedaços de um coração partido.

Mas a vida é o cimento do amor, enquanto que o amor é o oceano da Terra e ele não se vai embora assim com tanta facilidade, não.

Fica, permanece.

E quando a "nossa" pessoa já não é mais aquela por quem os anos fizeram florescer um sentimento tão forte, ela simplesmente eterniza-se na nossa alma, pois criou um espaço que é só seu,no seu jardim, e sempre será, mesmo que apenas lembranças que fazem a alma sorrir.

E apesar do amor latente e contínuo, olhamos e olhamos e já não gostamos mais.
Então, é difícil saber se ficamos ou se vamos, se acabou ou se há uma nova oportunidade.
É difícil pegar nas nossas malas e procurar por outras terras férteis para plantar outra árvore, abrir mão de toda esta união, nós, o outro e o tempo, em troca de mais dias ou anos, à espera que brotem novas raízes iniciando deste modo uma nova medida de tempo, juntos.

É difícil ver o barco a distanciar-se da praia rumo a um horizonte vazio.

E lá estamos perdidos de novo no meio de um vasto mar de solidão.

E lá vem a vontade de voltar, de gostar novamente de quem se ama.

Mas não, não se gosta mais.

É medo, é carência, é nostalgia.

Até que outra semente brota do fundo da terra.

 E então, lembramo-nos de onde partimos.

Do que deixamos.

Sentimos saudades.

E amamos, por termos  amado.

Sorrimos porque temos certeza que não gostamos mais.

E não há problema, porque um amor que de facto existiu, mesmo que passe, fica.

Transforma-se numa linda flor de ternura no jardim das nossas emoções.

E lá embeleza sem a pretensão de gostar, porque o amor é a semente que brota do fundo da terra.

E mesmo que não se ame mais, tudo o que é sentido de forma tão forte, jamais será arrancado do nosso coração e nem apagado da nossa memória de quem um dia amou de verdade…

E, assim, ainda há amor nas minhas lembranças, só não gosto mais de ti.

Então, onde quer que estejas, fica bem.

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