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mãedocoraçãosoueu

mãedocoraçãosoueu

UMA QUESTÃO DE PEDAGOGIA!!!!!!!!!!!

Há professores que nasceram para ser professores.

Há professores que o são porque escolheram mal o curso, ou porque não tinham outras alternativas.

A professora de Ciências da minha filha pertence ao segundo grupo.

No primeiro teste a miúda esqueceu-se de escrever o nome.

Não pode eu sei.

Foi a primeira vez que tal aconteceu.

A Diana recebe o teste e:

Estava corrigido.

Foi-lhe dada a nota.

Contudo estava escrito "teste anulado".

A miúda liga-me a contar o sucedido.

Eu como por norma fervo em pouca água, principalmente quando se trata da minha filha, fiz umas chamadas.

Às minhas amigas professoras.

Ao professor do centro de estudos.

A algumas amigas que não são professoras mas são mães.

Entretanto liguei para a escola.

Já estava mais calma.

Pedi para falar com a directora de turma.

A Dona Odete notou que pela minha voz a coisa não era boa.

Pedi para a professora me ligar.

Não estava, pedi à Dona Odete para lhe dizer que no dia seguinte lá estaria para falar com ela.

Sou daquelas mães que não passa a vida na escola.

A escola é o local de "trabalho" da minha filha.

Só lá vou se me chamarem.

Aguardei pelo dia seguinte.

A professora ligou, já me estava a preparar para sair, estava com a Diana, tinha o teste nas mãos.

Também não compreendeu o sucedido.

Perguntou à miúda se tinha acontecido alguma coisa entre ela e a professora, não, não acontecu nada.

Eu estava ouvir a conversa.

Transmiti à professora que queria uma cópiado PEI da Diana.

Queria ver os critérios de avaliação.

A professora pediu-me calma.

Queria falar com a colega.

Deixei, achei justo.

Não fui à escola, fiquei a aguardar notícias contudo disse-lhe:

-O que a professora de ciências fez é anti-pedagógico, tal coisa não se faz nem à Diana nem a outro aluno, além de ser anti-pedagógico é de uma frieza que só me leva a pensar que a colega não tem coração, assim sendo quando falar com a sua colega diga-lhe que ela será a única professora a respeitar todos os critérios de avaliação do PEI da Diana, mas diga-lhe por favor,caso contrário terei que ser eu a dizer-lhe.

Passaram dois dias a directora de turma ligou.

Falou com a professora de ciências, o que esta fez foi mostrar à Diana que num exame se ela não escrevesse o nome, o exame seria anulado.

Ok aceitei a justificação.

A professora tem algum problema de saúde?

É muda?

Porque não explicou tal situação à miúda?

Porque a baralhou a ela e aos colegas que não entenderam o porquê?

A professora de ciências diz que explicou à Diana.

A Diana diz que não.

É a palavra de uma contra a outra.

A minha filha atirou a toalha ao chão.

Ciências vai ser uma das disciplinas com a qual poderei contar com uma negativa.

E porquê?

Porque há professores que nunca o deviam ser.

 

 

 

E VOLTEI,JÁ ME SINTO COM UM BOCADINHO MAIS DE VONTADE. VAMOS FALAR DA DIANA

Tal como já tinha dito a Diana a meu pedido, reprovou no 7º ano pelos motivos que já vos contei.

Ao reprovar teve uma uma turma nova e uma nova Diretora de Turma - Professora Maria Alice Azevedo, a professora Alice é de Caxinas, Vila do Conde, ora como eu costumava dizer, era pequena , quando digo pequena era por ser baixinha e rabina, que quer dizer despachada.

Esta professora para a Diana foi outro anjo que lhe apareceu, a Diana além de mim tem um anjo da guarda, eu acredito nisso, tem alturas em que ele a dexa voar sozinha para ver até onde chega, tem outras alturas em que tem a asinha debaixo dela, foi o que aconteceu neste caso.

A professora Alice foi até à data a pessoa que mais respeitou as leis do Ensino Especial, tinha uma enorme atenção com a dificuldades de aprendizagem da Diana, mas contudo fez algo que não me desagradou de todo, pediu aos colegas para não dar testes adaptados à miúda, queria fazer uma experiência, e ver até onde ela conseguia chegar, e chegou longe devo dizer, a Português pelo menos, disciplina que esta professora leccionava a Diana chegou a tirar testes de 70%, para quem vinha do ano anterior com  30% isto era um milagre, podem pensar " Oh á fácil aprofessora ajudava-a", não o que a professora fazia e que todos deviam fazer era no dia do teste sentar-se ao lado dela ler o texto, a primeira pergunta e a partir dái a Diana "pegava nos patins" e começava a nadar sozinha sem se desiquilibrar, isto é uma das regras do Ensino Especial, o professor no dia do teste deve sentar-se ao lado do aluno e dar o empurrãozinho necessário.

Aliás e voltando atrás no tempo, no exame do sexto ano, a Diana teve o direito a fazê-lo sozinha, com duas professoras não pertencentes à escola a vigiar e uma professora dela ao lado a apoiá-la, não a dizer como fazer, mas como apoio, e lá consseguiu passar, estas crianças que estão no Ensino Especial, precisam exatamente disso a asa de um anjo a abraçá-las para se sentirem mais seguras, pois o problema reside mesmo aí, INSEGURANÇA.

Assim sendo, a professora de Matemática que veio em substituição da que foi de baixa fez o mesmo e a miúda não é que tira um 68%!!! a Matemática, disciplina onde as notas dela não iam além dos 20%!!!!!!!!!!!!!!

A professora de Francês colocava-a junto da melhor aluna da turma e ela como se sentia segura, tirava positiva, bem esta experiência resultou, a professora Alice através do diálogo com os coelgas lá conseguiu levar a Diana a bom porto.

Esta Senhora vai-me ficar na memória, ainda comunicamos por mensagem pois este ano ficou em Esposende, e ainda bem, ficou perto de casa, ela merece, pois tem família e é tão boa professora que merece.

Esta professora adorava poesia, e ensinou os miúdos a gostar de poesia, a Diana tem um caderninho girissimo com vários poemas e  de vez em quando ainda lê, esta professora teve a sensibilidade de dar uma medalha à minha filha por ela ter ficado em 2º lugar no torneio de corta-mato, sim a Diana todos os anos candidata-se ( vai ser a próxima Rosa Mota) ,mas foi desclassificada pois a professora de educação fisica fez o favor de se esquecer de a inscrever, ela ficou tão triste, mas tão triste

-Oh mãe este ano que fiquei em 2º lugar fiquei desclassificada

-Sério porquê?

-A professora de Educação Fisica esqueceu-se de me inscrever

E atenção que eu tenho que dar permissão para ela ir

-Deixa lá filha fica para a próxima vez

-Oh mãe mas não é justo

-Deixa filha acontece

Perante isto a Professora Alice quando ela lhe contou fez-lhe a tal medalha, e a miúda ficou toda contente, são estas pequenas coisas que fazem as grandes pessoas, os grandes professores, o amor por aquilo que fazem, o amor pelo caminho que decidiram escolher  e a Professora Alice foi essa pessoa, foi o anjo da Diana, gostava tanto da pequenita que quando eu ia a reuniões as sós com ela para falarmos do percurso da Diana ela dava-me a mão e dizia:

- Oh Paula eu gostava tanto que a Diana falasse mais comigo, ela só fala com as professoras de apoio

-Professora ela fala muito com as professoras de apoio pois como não gosta de lá estar enquanto conversa não trabalha

-Ah! a safada pois é isso mesmo nunca me tinha ocorrido

-Pois! mas é só por isso

Então a partir daí às Sextas quando as duas últimas aulas eram exatamente 2 horas de Português, a Diana não saía às 18h15 mas sim às 18h30 pois a professora deixava todos os alunos sair e retia a Diana para falar um bocadinho com ela, uma vez disse-me

-Paula a Diana em conversa comigo, sim que ela já conversa comigo disse-me que a mãe já não lhe ralhava à muito tempo

-Não professora o que ela quis dizer é que já há muito tempo que não lhe dou uma palmada nem a castigo, ralhar,ralho, pois ela não é nenhuma Santa

-Ah! então era isso, pois lá está, eu quero cinhecê-la melhor, para a entender melhor

A professora MARIA ALICE AZEVEDO chama-nos " mãe coragem" e a " menina mulher força da natureza"

UM BEM HAJA PARA PROFESSORES ASSIM.

Com esta retenção no 7º ano a Diana não só encontrou um anjo, como encontrou uma turma de meninos bem comportados, bastante estudiosos e com ótimas notas e acima de tudo AMIGOS, que era uma coisa que ela não tinha nem sabia o que era, os miúdos acarinharam-na, apesar de ela ser a mais velha da turma, e receberam-na de braços abertos e assim começou uma nova etapa da vida dela, ir almoçar com os amigos ao shopping, ir à piscina, combinar coisas, falar ao telemóvel com eles, e também começou uma nova felicidade até então desconhecida.

 

 

 

OS TRABALHOS DE CASA

Hoje falo deste assunto já muito rebatido assim que iniciaram as aulas, pois ao vistar o blog da Catarina Beato, aliás blog que visito diariamente, além de outros, claroro! para fazer uma análise do que postam, vi um onde a pessoa em questão diz, que é a favor dos trabalhos de casa.

- É fácil falar quando se está em casa e não têm um trabalho das 9 às 6,  não se sabe a que horas chegamos, dependendo do local, do trânsito ou transportes públicos, ter que fazer jantar, tratar da casa das roupas e descansar, pois nós pais também precisamos descansar, já para não falar dos que trazem trabalho para casa.

-É fácil falar quando se tem um fiho mais velho que pode ajudar o mais novo nesse sentido

-É fácil falar quando não se tem um filho no Ensino Especial, e tendo mais 4 horas de estudo acompanhado que lhe tira tempo para o Centro de Estudos.

-É fácil dizer que para uns os TPc deviam demorar 15 minutos e para outros 1 hora por exemplo, vamos cair na real, cada criança é cada criança, o que para uns demora 15 minutos para outros demora 1 hora.

- É fácil falar quando as crianças que já frequentam  o 5º têm intervalos de 10 minutos, que mal chega para comer o pão e beber o sumo, não havendo tempo para brincar, são crianças com 9/10 anos de idade, querem brincar!!!!!!

- É fácil falar que deste modo os pais têm oportunidade de observarem os filhos a estudar, a que horas? A criança chega a casa e o tempo que tem é para pousar a mochila, lavar as mãos dar dois dedos de conversa com pais ou avós conforme a situação familiar, jantar,banho e cama, se assim não fôr quando conversam connosco? Como iremos saber se o dia de escola correu bem? Como iremos saber que está a ser vitima de bullying ( falo da minha em particular), se não lhes dermos tempo para falar connosco e obrigarmos a fazer os malfadados trabalhos de casa?

- O estudo não é complemnetado com a elaboração dos trabalhos de casa, pois se os fizerem contrariados de nada lhes serve, o estudo deve ser, ao fim de semana, umas horinhas ao Sábado, e ao Domingo, uns resumos, e enquanto o fazem relembram a matéria, quando eu andava na faculdade era assim que estudava, não era com trabalhos de casa, aliás nem os tínhamos, se não tínhamos na faculadade, porquê agora? Qual é a diferença?

- Após essas horas a fazer resumos , e como ainda têm muitas horas pela frente, têm o direito de brincar, sair com os amigos, ir aos escuteiros, no caso da minha, ver televisão até lhes doer os dedos de fazer tanto zapping

-É fácil falar, quando não se tem uma filha que este ano devido ao horário e aos apoios terá que ir para o Centro de Estudos ao Sábado de manhã, e já  estou com sorte pois está aberto ao Sábado!!!!!

- É fácil falar, quando se domina todas as matérias, no meu caso não, posso ajudá-la com o Francês, o Inglês, o Protuguês, as Ciências, todas as outras que incluam matemática é para esquecer, nem estou tão pouco interessada em aprender, se optei por um curso Linguístico, porque irei agora armar-me me esperta com as Matemáticas?

-É de notar que após o debate na RTP1 nos Prós e Contras, sobre os trabalhos de casa, as coisas atenuaram um bocadinho, noto isso, mas ainda o andor vai no adro, não vamos falar muito.

-Se a miúda não fizer os trabalhos de casa  por falta de tempo, justifico a falta ,que após 3, é falta de presença e serve para reprovação,e continuarei nesta luta, pela minha filha claro! os outros pais que se façam à vida!!!

- De que vale a miúda chegar a casa fazer os trabalhos de casa à pressa e eles irem errados? Vale ZERO.

PORTANTO NÃO SOU A FAVOR DOS TRABALHOS DE CASA

SOBRE A HISTÓRIA DO BULYING VOU DEIXAR PARA OUTROS DIA POIS É UM ASSUNTO MUITO DOLOROSO

 

 

OS TRABALHOS DE CASA

Sabem o que isto é?

Sim é um horário escolar, sim é o horário da minha filha, sim tem 2 manhãs livres para ir para o Centro de Estudos.

Não , tudo mudou, este é o Horário dos colegas do ensino regular, neste horário vamos acrescentar 3 aulas de apoio extra curricular e o Ensino Especial, assim sendo ficou com uma manhã livre para estudar e fazer trabalhos de casa, que bom não é? 

Os que são a favor dos TPC de certeza que não têm um filho/filha ni ensino especial, os que são a favor dos TPC não têm que mandar uma filha ao Sábado, dia de descanso,para o Centro de estudos,  os que são a favor dos TPC não vão ter que justificar faltas por não poder fazer os de Segunda, porque eu há algumas disciplinas onde não posso de todo ajudar a miúda, aliás só ía prejudicar. 

PONHA O DEDO AO AR AQUELE QUE CONCORDA COM OS TPC.

 

HOJE ESTOU EM MODO DOMINGO NÃO ME APETECE ESCREVER MAIS MAS AINDA VOU APROFUNDAR ESTE TEMA

O SEXTO ANO A TRATAR TODOS POR TU

A Diana passou para o sexto ano, a miúda gostou de andar no 2º ciclo, o 1º ciclo já não era para ela, mas infelizmente teve que lá andar durante cinco anos.

O quinto ano correu bem, os apoios também, os professores e os funcionários, todos eram muito atenciosos com ela, até mesmo,  chegar ao ponto de poder permenecer na portaria a conversar com quem estava de serviço, nunca a chamaram à atenção, pois sabiam de antemão que os colegas já tinham ido para casa ou para os centros de estudo e a pequenita tinha que lá ficar para os apoios e esperar por mim, que a ía buscar por volta das seis e meia .

Contudo no sexto ano houve uma situação contínua, quando digo contínua é porque já vinha do quinto, a Diana tratava toda a gente por tu, quando digo toda a gente, falo nos Professores e nos auxiliares de educação.

Sendo recorrente, certo dia comentei com a Dona Aida, uma das senhoras que estava na portaria

- Dona Aida não quero que a Diana a trate por tu, a senhora não pode deixar.

-Oh!Paula ela não faz por mal, nem tampouco é mal educada, é a maneira de ser da miúda

OK, estava a ver que este não era o caminho

Entretanto tive uma reuião com a Diretora de Turma, que também devo dizer era TOP,mais uma ano, mais uma diretora de se lhe tirar o chapéu,aquelas reuniões mensais para me dar o feedback relativamente ao ensino especial e aos apoios e coloquei a mesma questão:

-Professora a Diana não pode tratar, os professores e os auxiliares por tu.

Mesma resposta

-OH! Paula ela não faz por mal ela é tão educada, ela é mesmo assim.

-Professora mas eu não gosto, não gosto pela simples razão:

1ª  Vocês têm que estabelecer distâncias com os alunos.

2º A Diana tem que aprender que quando fôr trabalhar não pode tratar o patrão por tu, é uma questão de príncípio, se não lhe ensinarem isso agora ela irá sempre achar que é  normal tratar toda a gente por tu, que estamos todos no mesmo patamar e não estamos, é também uma aprendizagem para o futuro.

- Bem realmente a Paula tem razão, quando reunir com os meus colegas vou pedir para a chamarem a atenção para esse facto.

E assim foi, admoestada pelos professores e por mim a Diana lá foi estabelecendo distância entre ela e as outras pessoas, claro que com os amiguinhos é diferente,óbvio, mas há que saber viver em sociedade e era uma lição que a Diana devia e teve que aprender.

A única professora que soube lidar de forma exemplar, dedsde o ínicio com esta questão foi a Professora de Ensino Especial, Filomena, este nome vai-me ficar na memória para sempre pois certa vez, tinha eu e a pequenita uma reunião com ela, sim, a meu pedido, a pequenita assistia a estas reuniões com a professora de Ensino Especial, para ela ver o que de bom estava a fazer e para ouvir os elogios e também a criticas, como estava a dizer estava à espera que a Professora me atendesse quando observo a seguinte situação que passo a descrever:

Estou sentada no sofá a Professora Filomena está a tratar de um assunto com uma auxiliar e de repente a cachopa vem a correr ter com ela e diz-lhe qualquer coisa, mas trata-a por tu só ouvi isto:

-Como Diana? desculpe não percebi!!

O que é certo é que ela corrigiu a frase e foi liberada para o que tinha a fazer

Gostei, gostei de assistir, a professora tratava-a por você porque motivo o carrapito haveria de a tratar por tu?

Nada foi falado sobre este assunto na reunião as duas entendiam-se na perfeição, só tenho pena que embora a Diana continue no mesmo agrupamento de escolas e estando lá a Professora Filomena, a partir do momento que foi para o 7º nunca mais pôde ficar com a miúda, e faz-me tanta falta, aliás no ano letivo anterior a Diretora de Turma "confessou-me" que sempre que precisava de ajuda para saber lidar e ajudar os colegas do apoio a lidar com a Diana recorria à PROFESSORA FILOMENA, A PROFESSORA QUE NUNCA A DEIXOU TRATAR POR TU.

 

O 5º ANO OS APOIOS E A MALDITA CADERNETA

Interrompemos por uns dia a história da Diana no 5º ano, mas agora vamos continuar.

Neste ano ainda tinhamos, eu não a pequenita, consultas de desenvolvimento,mas a Diana não estava medicada,tinhamos que deixar terminar o 1º periodo para eu dar um feedback à médica.

Entretanto começa o ensino especial, a pequenita não reagiu bem a estes apoios, pois infelizmento os miúdos embora tão novinhos são muito crueis, e por esse motivo chamavam-lhe deficiente, pois associam o ensino especial a crianças deficientes, perante isto a Diana não colaborava com os professores de apoio,  Matemática, Português e claro está o Ensino Especial.

Todos os dias vinha um recado na caderneta, aliás como já tinha dito, eu ia buscá-la e íamos a pé para casa e durante o trajeto ela sempre aos saltos e a brincar dizia:

- Mãe tenho um recado na caderneta

- Bom ou mau?

-Maix ou menos

Comecei a stressar, mas tentei controlar-me

Quando chegamos a casa a primeira coisa que fiz foi pedir-lhe a caderneta e li o recado,era da diretora de turma a dizer que toda a escola procurou a pequenita antes da de uma aula de apoio e esta estava na biblioteca escondida atrás de um livro a a fazer de conta que lia, não sei se havia de rir ou chorar, pedi desculpa pelo sucedido e dei-lhe uma daquelas "descascas"  e fui peremtória, aquilo não voltaria a acontecer, e não aconteceu.

Passaram umas semanas e mais uma vez:

-Mãe tenho um recado na caderneta

-Bom ou mau?

- Este é mau

Mais um stress, controla-te Paula

Li o recado e desta  vez era da professora de apoio de Português a Diana não colaborava e segunda a mesma iria ser muito difícil ajudá-la, ela dizia que sabia tudo não precisava de ajuda.

Desta vez não pedi desculpa escrevi o seguinte:

 

Professora, na próxima aula de apoio se não se importar estarei presente, se a Diana já sabe tudo, será ela a dar-nos a aula,por acaso eu preciso de aprender Português, já estou um bocadinho enferrujada.

A miuda leu o recado:

- Mãe tiveste coragem de escrever isto?

- Sim tive e quero ver a caderneta assinada pela professora.

A caderneta veio assinada e passados uns dias:

- Mãe tenho um recado na caderneta

-Bom ou mau?

-Desta vez é bom

A professora de apoio de Português congratulou a Diana pois ela estava a colaborar e tudo iria correr bem.

Depois da tempestade vem a bonança, e foi bom ter em conta que a caderneta não servia apenas para fazer queixa mas também para elogiar e isso foi muito bom para a Diana, e é bom para todas as crianças.

MALDITA E ABENÇOADA CADERNETA

 

PÂNICO VAI COMEÇAR O 5º ANO

Ora bem, como é óbvio termina o 4º ano e tendo a Diana já 10 anos não a podíamos reter mais uma vez, logo transitou para o 5º ano, bem se eu tinha uma filha que não tirava positiva às três disciplinas da primária como iria ser com as do 5º ano?

Algo abonava a favor da miúda, estava inserida no ensino especial e isso viria a revelar-se muito importante para ela.

Quando o ano letivo começa por norma a maioria das crianças  que estão no ensino especial ainda não usufruem desta benece, pois os professores têm que reunir e falar sobre o apoio que lhes vão dar e só depois de a mãe assinar o PEI é que inicia todo o processo.

Assim sendo a Diana até eu assinar o PEI, o que normalmente é mais ou menos a meio do primeiro periodo, iria ter testes de avaliação iguais aos dos outros colegas, não seriam adaptados, bem eu contava com o pior como é óbvio, mas tal não aconteceu, acho que a pequenita estava ansiosa por sair da primária, não sei se por achar que o lugar dela não era ali, pois gostava de andar no 5º, adaptou-se bem à escola as funcionárias eram muito atenciosas com ela, mostraram-lhe a escola,explcaram-lhe como funcionava o sitema de cartão escolar para compra de refeições e outras coisas, devo dizer que escolhi uma escola pequena, que só tinha pré-primária, 1º ciclo e 2º ciclo, as crianças da pré e da primária estavam separados dos grandes e as turmas dos outros anos eram poucas, logo eu sentia-me tranquila, pois ela estava segura, o mais caricato é que eu achava que ela iria ter dificuldade na utilização do cartão, no facto de ter salas diferentes e não a mesma como na primária, mas ela entendeu tudo, realmente nós mães temos tendência para o exagero e por isso  tendência para os proteger demais, mas uma coisa é certa eles desenrascam-se e é nossa função deixá-los desenrascar-se pois senão ficam uns "atados".

Iniciam os testes não adaptados como já tinha mencionado e para meu espanto a Diana tira apenas duas negativas, Matemática e Português, a mais notável foi ciências, o professor deixou-a fazer teste de consulta e a catraia tira 88%, bem ela estava em extase, foi um teste de consulta, embora o que possam pensar às vezes é bem mais complicado, ainda por cima coma agravente da Diana ter sérias dificuldades no Português, logo leitura incluida.

Quando a fui buscar à escola e íamos a pé para a escola, pois como já mencionei não tenho carta nem carro, logo o nosso trajeto para casa era a pé, é bom , muito bom devo dizer, pois durante esse trajeto conversavamos muito, e assim foi, ela disse-me a nota de Ciências e eu fiquei incrédula ela só disse:

- Mãe o profexor ( a Diana não dizia os sss) quando me entregou o teste deu-me um beijinho e os parabéns, fiquei tão envergonhada:)

Fiquei tão feliz, devo confessar que quando iniciou este ano letivo mais uma vez emagreci uns quilitos pois andava stressada com o tal medo e sem razão nenhuma, fiquei tão tranquila, e acima de tudo via que ela estava feliz, contudo não pensem que foi um mar de rosas, mas conto mais tarde, agora quero ficar com mais esta memória.

Devo acrescentar que ela teve uma excelente Diretora de Turma e isso ajudou muito, muito mesmo.

 

 

 

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