HOJE É!!!! HOJE É DOMINGO!!! UM DOMINGO COMO OUTRO QUALQUER!!!
Como já o disse no dia do pai.
Não tenho dias.
Não ligo aos dias dsito e daquilo.
Não ligo pronto, inventaram estas coisas com algum intuito, qual não sei.
O ano tem 365 dias da Mãe, não 1 dia para ela
Nos 365 dias esquecemo-nos, e no dia 6 de Maio lembramo-nos!!!
Sério!!!
Durante 365 dias por ano temos um papel, e o nosso papel e não unicamente no dia da mãe.
Vamos celebrar o dia da mãe todos os dias se faz favor.
Pois ser mãe é mais ou menos isto, corrijam-me se estou errada.
Se vos disser que a minha filha assim que se levantou me deu um beijo, não.
Se me incomoda?
Detodo.
Gosto quando diariamente me liga quando vem da escola pois quer sentir-se acompanhada.
Gosto quando me liga e a primeira palavra é Mãe!!!
Gosto quando o diz com mimo e eu ralho com ela e peço para falar correto, mas no fundo gosto quando fala com mimo.
Gosto quando a cada pedido me chama Mãe.
É disto que eu gosto, que ela nunca esqueça a palavra Mãe, pois no nosso caso esta palavra pode permanecer nas nossas vidas para sempre ou não!!! Mas foi uma escolha minha, portanto vou aproveitar todos estes bocadinhos.
Mas uma coisa é certa sou Mãe, durante quanto tempo não sei, mas bolas já sou mãe há dez anos, e não é que estou a gostar!!!!!
Este caso é para mães como eu.
Nós somos mães e pais, por mim falo, não necessariamente por esta ordem, mas sim em simultâneo. Super Guerreiras sempre com a espada numa mão e o coração como escudo na outra.
E esse é o nosso papel principal, embora nos desdobremos em tantos outros papéis num curto espaço de 24 horas. Não temos tempo para ler o guião, por isso improvisamos, a intuição de que somos dotadas raramente nos deixa ficar mal e quando se trata dos filhos, nem o cansaço nos vence.
"Enquanto sou mãe e pai, sou também cozinheira, dona de casa, professora, educadora, amiga, companheira, conselheira, organizadora, sou filha, sou amiga, sou vizinha, sou enfermeira e médica sempre que necessário, anjo da guarda e polícia, pago contas, estico dinheiro e invento tempo para ser um bocadinho eu. Tudo isto em pose de senhora, num corpo feminino que os aconchega no colo, que se molda às cabeças no ombro quando querem chorar. Um corpo e uma mente com a flexibilidade necessária para cada nova situação com que me deparo e a voz doce e meiga que os protege, com a necessidade pontual da autoridade que os alerta e coloca em sentido.
Super Guerreiras sempre com a espada numa mão e o coração como escudo na outra. Para elas não há dias de folga, não existe um "toma agora tu conta deles para eu descansar" ou mesmo acompanhar as amigas num final de dia. Tudo já para não falar de nos privarmos de muitas coisas em função deles.
Este caso é para as outras mães.
Somos a presença feminina assídua, perante uma ausência constante da figura masculina. Paterna dizem vocês. Discordo. A paterna é na maioria das vezes assumida por alguém, que nessa mesma maioria se intitula Mãe.
Aos filhos preenchem silêncios, para que estes não falem tão alto, ocupam-lhe os tempos livres para que eles não tenham tempo para sentir falta, mas também lhes ensinam que para quem realmente importa não existe ausência nem falta de tempo, que lembrar não é estar presente, que pai não é só um nome comum, nem um estatuto adquirido, mas sim um adjetivo caracterizador e complexo. Que os direitos são para quem assume os deveres e que uma pensão de alimentos não serve para uma mãe se governar, mas sim para ajudar a suprir as necessidades de um filho. Ensinam-lhes que o dinheiro compra bens materiais, brinquedos e objetos supérfluos, mas não compra amor, carinho, amizade e atenção. Ensinam-lhes que sempre que o telefone não toca, nem a campainha da porta se faz ouvir, existe uma outra porta na vida que apesar de tudo não se deve fechar. Mas que só a atravessa quem realmente quer, sem necessidade de ser convidado a fazê-lo.
MÃE
Acima de tudo e de qualquer outra coisa, ensina e demonstra todos os dias úteis, feriados e fins de semana, a tempo e horas ou fora delas, que o nosso coração é infinito.