E COMEÇA A ESCOLA- O PESADELO
O inicio da adoção de uma criança de seis anos, além de toda a papelada e todas as burocracias começa por mudá-la de escola, pedir transferência , blá,blá, não é fácil, e isso verificou-se porque a Diana veio para mim em Janeiro, e só foi para a escola em meados de Fevereiro, quase a acabar o 1º periodo, mau, muito mau, pois se a pequenita tinha muitas dificuldades na aprendizagem, e em parte graças à professora da escola que frequentou que punha de parte as crianças daquela instituição, não só a Diana como outros, embora a educadora de infância da Casa de Cedofeita tenha intervido, nada demoveu a senhora, enfim! cada um é como é e não há nada a fazer.
Como costumo dizer que a Diana assim que entrou para a 1ª classe estava abaixo da linha de água, não sabia escrever o nome dela nem tampouco ainda sabia as vogais, continuo a frisar que estava a terminar o 1º periodo, e como passei por lá e estagiei com este ano letivo, isto ela já devia saber!
Assim sendo ela ficou numa escola mesmo ao lado da empresa onde eu trabalhava pois eu já previa que a coisa não ia ser fácil, tive sorte pois a professora Dulce aceitou-a de imediato, mas eu é que tive de ir à escola pedir a transferência, não foi a escola "mãe" que tratou disso, sendo assim não o conseguia, uma correria, um stress sem fim, a Diana estar em casa e não na escola, o atraso na sua aprendizagem a agravar-se ainda mais por não estar a assimilar as bases do ensino, estava a dar comigo em doida( uma das causas do meu emagrecimento), quando se trata de adoção monoparental, estamos sós a tratar de tudo, aliás recordo-me que tive de pedir a intervenção da Segurança social, senão a situação arrastar-se-ia por mais tempo, e foi uma ajuda preciosa.
Diana finalmente entra para a escola e para espanto da professora estavamos perante uma caso muito dificil, de aprendizagem e personalidade, a chiquitita não era fácil, o que vou dizer a seguir poderá chocar algumas pessoas, mas eu dei autorização à professora para dar uma palmada no rabo da pequenita, eu sabia da dificuldade que iriam ter em domar a ferinha.
E uma das coisas que a Diana levava com ela para além dos livros era uma advertência, Nunca mas Nunca ser mal educada para a professora e as funcionárias da escola.
E assim foi, nunca fui convocada para me falarem do comportamento dela e sei que levou umas palmadinhas pois a professora cruzava-se comigo na rua e dizia-me , mas a Diana não, nunca me dizia pois eu iria querer saber o que tinha acontecido ia falar com a professora para saber o que realmente acontecera e ai! ai! .
Mas para grande tristeza de todos estavamos perante um caso muito sério de aprendizagem, isto para quem quer adotar, devo dizer que só verificamos inloco, foi-me dito, sim foi, mas a realidade era bem pior, mas para a frente é o nosso caminho, e assim foi começamos a nossa longa mas longa e penosa jornada.