MAIS UMA CONFISSÃO!!! NÃO QUERENDO FERIR SUSCEPTIBILIDADES!!!
Se eu fosse uma dessas escritoras porreirinhas eu certamente dissertaria sobre cultura e massacrava-vos com opiniões baseadas em contextos históricos que podem provar, ou não, que o casamento foi mais uma invenção ridícula feita por algumas pessoas para manter o controle sabe-se lá sobre o quê.
Mas este post é cheio de "eu acho que" , por que no fim a opinião aqui vai ser minha e eu não quero parecer nem mais ou menos esperta ao dizer que eu ainda acredito na constituição do casamento. Um dia eu quero-me casar, não de branco, nem ao ar livre ou numa igreja. Eu quero me casar de coração e alma com a pessoa que fez da minha alma, seu coração. O que significa isso? Significa que eu ainda acredito.
Se eu acredito no casamento das promessas declaradas publicamente? Também, mas vejam bem, eu acho, não digo que é errado gritar o seu amor para o mundo, mas o mundo é invejoso e quando se grita demais felicidade, mais ele quer estar presente. O mundo, não a felicidade. Eu sou a favor sim do amor dito, sussurrado e talvez exposto singelamente, mas não quer dizer que preciso ter um anel no meu dedo pra fazer isso ser eterno. Quero dizer, não é só o amor que importa? Mas o que há de errado em me casar? É antiquado demais? Religioso demais? Desesperador demais?
Desde quando o casamento passou a ser visto como uma prisão? Se eu prefiro não “juntar as escovas” por que tenho que julgar quem quer juntar as suas? Pessoal, isso é lindo. E mesmo que as promessas não sejam eternas, pelo menos eles tiveram a coragem de acreditar. Os bons momentos. As palavras. O romantismo. O que há de errado nisso? Nada, absolutamente nada.
E acho que as pessoas dizem equivocadamente que perderam a fé na constituição do casamento, por que vejam bem, isso não mudou, quem muda são as pessoas, logo, é certo dizer que perdemos a capacidade de acreditar nas pessoas, de acreditar que ainda exista a intenção de fazer dar certo, de querer estar ao lado de alguém para o melhor ou para o pior. Para sempre ou até que a morte os separe.
Hoje as pessoas vivem relações cada vez mais frívolas e instantâneas e por isso é óbvio que o para sempre pareça uma piada.
Se vocês não acreditam na capacidade de fazer dar certo, pouco importa se estão casados ou não. Não é no casamento que vocês não acreditam, é em vocês.
Portanto podem-me dizer que o casamento nada mais é do que um símbolo e que o papel passado não importa, por que as pessoas separam-se com muita facilidade, é uma zanga aqui, um ciúme ali, uma discussão lá. E pronto, vamos assinar os papeis! E se não houver filhos, é ainda mais fácil.
Já conheci pessoas que casaram porque tinham medo de ficar sozinhas
Já conheci pessoas que casaram porque a família assim o queria e se não o fizessem iria ser um desgoto para todos.
Já conheci pessoas que querem casar por causa da festa, esta foi-me dita pessoalmente, a minha alma nem queria acreditar no que estava a ouvir
Já me pediram em casamento e renunciei pois não me imaginava nem me imagino a entrar numa igreja de vestido de noiva, já tive esse sonho, mas perdi-o algures por aí, e mantenho-me firme nesta minha convicção.
Já sonhei andar com uma aliança de casada no dedo, agora acho uma mariquice.
Conheço pesoas que estão sozinhas, mesmo estando casadas
Conheço pessoas que após a festa oferecida de modo a satisfazer vontades, já estão separados, e foi um desgosto para a família.
Conheço pessoas cuja festa de casamento foi algo mágico, com fogo de artificio,tudo a que tinham direito e agora andam a apanhar as canas pois após a separação o ex não ajuda com as despesas e pior, não quer saber do filho.
Se isto mexe, ou mexeu comigo? Sim muito.
Este tema daria pano para mangas e não me vou estender muito, mas uma coisa vos digo, não transmito à minha filha a minha opinião sobre o casamanto, mas também não a vou incentivar a casar, ela decidirá, e espero que faça a escolha correta, mas isto de escolhas corretas é muito subjectivo.
Contudo ela uma vez ouviu-me dizer à minha mãe
-Olha mais um divórcio
Isto porque perto da minha casa há uma igreja, logo há casamentos, logo há carros a apitar, e quando os ouvia fazia este comentário, já não o faço, pois um belo dia ela repetiu e não é isso que eu quero, lá está temos que ter muito cuidado com as nossas palavras, medi-las antes de as proferir, mas nunca mais a ouvi dizer tal coisa.
Vamos ver o que o futuro nos reserva, quando digo "nos" é pelo simples facto de que a felicidade dela é a minha felicidade também.