NÃO TENHAM MEDO DAS MUDANÇAS!!!!!!!!!!
Toda a grande mudança é difícil.
Já nem contos pelos dedos por quantas vezes não me reconheci ao ver meu reflexo, falei coisas que me arrependi instantaneamente, chorei por outras que jurei que não me iriam machucar mais.
Já me sentei no chão atrás da porta e desisti.
Já me sentei no passeio no meio da rua e desisti.
Já me sentei no estacionamento do shopping e desisti.
Porque a vida é difícil.
Porque algumas pessoas são más de verdade.
Porque sentir dói, gostar dói e superar também dói.
Eu falhei.
Várias vezes.
E nada ao meu redor mudou.
Nada.
Nem o vento soprou mais forte nem o universo não teve pena de mim.
Não tive nenhum sinal divino.
Então cansei-me de desistir.
E como se nada tivesse acontecido, tive que continuar.
Porque esta bagunça que trago no peito é minha, ninguém sente como eu.
Tem dias em que ainda acredito que não vai passar, mesmo contradizendo tudo que já vivi, a malícia do tempo e a veracidade da minha memória.
O amor não é como a maioria dos outros sentimentos, tem um lado mau, aquele que doí, e nunca mais vamos ser os mesmos.
Eu não sabia disso, mas agora eu sei.
A vida não te dá escolha temos tem que ir.
Temos que nos levantar.
Temos que tentar.
Temos que superar.
Temos que esquecer.
E não podemos deixar de trabalhar, estudar, pagar contas, ajudar o próximo, ouvir problemas que consideramos menores e dar a devida importância que eles têm para quem os fala.
Faz parte.
E dá medo.
Mas é isso.
É disso que somos feitos.
Vou chegar ao meu limite e aguentar.
Então, vou perceber que posso aguentar um pouco mais, e o meu limite vai ficando cada vez maior.
Já me senti angustiada por não saber o que fiz de errado.
Já me senti pequena e incapaz, porque, por mais que eu me esforçasse não era o bastante para fazer alguém ficar.
Até que percebi que todas as tentativas seriam em vão se não houvesse reciprocidade.
A gente só pode morar num coração que nos aceita.
E fui aceite.
A minha filha aceitou-me.
Desistir não opção.
E por incrível que pareça, sei que não estou sozinha.