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mãedocoraçãosoueu

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VAMOS FALAR DE UM TEMA QUE AINDA HOJE ME DÁ UM APERTO NO CORAÇÃO,BULLYING

Este é um tema que ainda me dá um aperto no coração, doeu tanto, acho que me doeu mais a minha do que à Catraia

Estava a miúda no sétimo ano e pensando eu ,que estava tudo a correr bem, pensava eu, quando de repente a meio do segundo período recebo uma chamada de um telemóvel que não conhecia, mas como já disse atendo todas as chamadas,mesmo não conhecendo o número e ainda bem que o fiz, era a minha filha:

-Mãe estás calma?

-Sim estou filha porquê?

Desata a chorar e diz-me que teve uma falta disciplinar, foi ao GAP e lhe apreenderam-lhe telemóvel.

- O que aconteceu Diana?

-Chamei vaca a uma colega

-Porquê?

-Porque ela mandou-me pastar

-Mas não são só as vacas que pastam há outros animais que o fazem, porque levas tudo tanto a peito? Vou já para aí

Não foi tarde  nem foi cedo  saio da empresa a correr para a escola que por sorte fica a 5 minutos a pé, mas acho que lé cheguei em 3 minutos ou menos, não interessa, ela vem ter comigo a chorar acompanhada de uma colega de turma e não consegue explicar o que se passou, a colega explicou, uma miúda da turma dela chamou, vamos dar os nomes às coisas, "vaca, a uma colega e pediu à minha que se desse como culpada pois, ela, a miúda já tinha algumas faltas disciplinares e não queria outra, e a minha assim fez disse à professora que tinha sido ela, ora nem é tarde nem é cedo, GAP, falta disciplinar e telemóvel apreendido, entretanto a miúda insultada diz-me:

-Não Dona Paula, não foi a Diana que me chamou vaca, foi a G e pediu à Diana para se culpar quando a professora perguntou quem tinha chamado aquilo à colega.

Peço para chamar o diretor de turma, recebeu-me a mim e às miúdas e ouviu a história, exigi o telemóvel, pois a falta que se lixe nem me estava a preocupar, mas não sendo a miúda culpada queria o telmóvel, e lá mo deram, que remédio. OK passou.

Dias mais tarde recebo outra chamada desta vez da minha filha, num pranto a dizer que a G tinha ido ao balneário e tinha destruido tudo o que estava no saco dela, chegou ao ponto de lhe partir um cinto, a fivela, as fivelas são de metal!!! tal foi a raiva da miúda, ainda não estava a entender o que se passava, falo com uma colega ao telemóvel e a miúda também muito assustada contou-me o sucedido, pois a minha só me dizia que precisava de uma cinto, um cinto era só o que dizia, ao telefone com a colega digo:

- Mas B o que aconteceu?

-Dona Paula a G fez isto e isto

-Ok, mas repara a Diana só a tem a ela como amiga, vocês não lhe ligam.

-Não Dona Paula, a G é que não nos deixa chegar perto da Diana

WHAT? Passei-me simplesmente passei-me, lá fui outra vez em modo corrida para a escola falar com o direor de turma que por sua vez chamou o pai da miúda.

Após este episódio começam as reuniões com a G e o pai, várias reuniões pois era episódio atrás de epsódio.

DOENTIO é só o que posso dizer, a G mentia com todos os dentes que tinha o pai defendia-a, claro era pai, vim a descobrir que ela enviava mensagens à minha filha, mensagens essas que o diretor de turma passou para uma pen, caso eu quisessse ir à policia, bem um filme, mas uma filme de terror, poso dizer que me apetecia espancar a G, era esse o meu sentimento, serem«namente ´so pedi para a G se afastar da Diana, mais nada, distância, eu queria distância.

Mais um episódio, a mãe da miúda liga-me, desligo-lhe o telemóvel e ela manda.me uma mensagem que sinceramente não tinha pés nem cabeça, depois liga à minha filha, que está no apoio de matemática e a professora ao ver que era a mãe da G pede para ela desligar o aparelho, a Diana estava autorizada a deixá-lo ligado, caso necessitasse de algo ou se eu precisasse de falar com ela.

Mais uma reunião com a G a minha filha e o pai,mais aquela vontade de espancar, pois segundo entendi ela disse à mãe que a minha filha tinha dito que ela ía ser retirada aos pais, mas na reunião não foi bem assim, não foi a Diana, foi não sei quem, baralhou-se toda, bem mais uma vez disse:

-G quero-te longe da Diana, longe! e o professor vai separá-las nas aulas, e o Sr. Pai vai controlar isto senão vou mesmo à policia, estou farta, farta de perder horas de trabalho, farta de ver aminha filha em pânico, FARTA FARTA.

O problema aqui resume-se ao seguinte, a mãe da G tem uma depressão crónica desde os 12 anos de idade, a G entrou para o secundário com uma depressão, que quanto a mim não estava a ser bem tratada e a vítima era  aminha filha, como a mãe da G está em casa todo o dia, acreditava em tudo o que a filha lhe contava, não filtrava, e ligava para a minha filha, a sério! a miúda na altura tinha 13 anos, 13 anos! que mãe liga para uma miúda a pedir explicações?

Bom haveria muito mais para contar, mas só tenho a dizer isto nós pais , aliás eu mãe, pois como já disse a Diana não tem pai, logo isto é tudo para mim, mas não faz mal, ainda posso bem, não nos apercebemos que os nossos filhos são vítimas de bullying, sendo ele psicológico, se fôr físico, sim  percebe-se, mas este é muito díficil de detetar, sobretudo se as crianças não falam, caso da minha, e se vão bem dispostas para a escola, caso da minha.

A escola tem culpa? Não, os professores sim pois muitos já se tinham apercebido e não disseraam nada.

O que é uma facto é que a minha filha ía apavorada para a escola e eu nem me apercebi, a minha filha sofria e eu nem me apercebi, telefonava-me muitas vezes para falar de tudo e de nada, mandava montes de mensagens sobre tudo e sobre nada e eu não me apercebi.

Por este motivo obriguei os professores a reprovar a Diana, obriguei mesmo, mas falarei disso no próximo post.

UMA COISA É CERTA A MINHA FILHA É UMA MIÚDA MUITO FORTE

 

 

PÂNICO VAI COMEÇAR O 5º ANO

Ora bem, como é óbvio termina o 4º ano e tendo a Diana já 10 anos não a podíamos reter mais uma vez, logo transitou para o 5º ano, bem se eu tinha uma filha que não tirava positiva às três disciplinas da primária como iria ser com as do 5º ano?

Algo abonava a favor da miúda, estava inserida no ensino especial e isso viria a revelar-se muito importante para ela.

Quando o ano letivo começa por norma a maioria das crianças  que estão no ensino especial ainda não usufruem desta benece, pois os professores têm que reunir e falar sobre o apoio que lhes vão dar e só depois de a mãe assinar o PEI é que inicia todo o processo.

Assim sendo a Diana até eu assinar o PEI, o que normalmente é mais ou menos a meio do primeiro periodo, iria ter testes de avaliação iguais aos dos outros colegas, não seriam adaptados, bem eu contava com o pior como é óbvio, mas tal não aconteceu, acho que a pequenita estava ansiosa por sair da primária, não sei se por achar que o lugar dela não era ali, pois gostava de andar no 5º, adaptou-se bem à escola as funcionárias eram muito atenciosas com ela, mostraram-lhe a escola,explcaram-lhe como funcionava o sitema de cartão escolar para compra de refeições e outras coisas, devo dizer que escolhi uma escola pequena, que só tinha pré-primária, 1º ciclo e 2º ciclo, as crianças da pré e da primária estavam separados dos grandes e as turmas dos outros anos eram poucas, logo eu sentia-me tranquila, pois ela estava segura, o mais caricato é que eu achava que ela iria ter dificuldade na utilização do cartão, no facto de ter salas diferentes e não a mesma como na primária, mas ela entendeu tudo, realmente nós mães temos tendência para o exagero e por isso  tendência para os proteger demais, mas uma coisa é certa eles desenrascam-se e é nossa função deixá-los desenrascar-se pois senão ficam uns "atados".

Iniciam os testes não adaptados como já tinha mencionado e para meu espanto a Diana tira apenas duas negativas, Matemática e Português, a mais notável foi ciências, o professor deixou-a fazer teste de consulta e a catraia tira 88%, bem ela estava em extase, foi um teste de consulta, embora o que possam pensar às vezes é bem mais complicado, ainda por cima coma agravente da Diana ter sérias dificuldades no Português, logo leitura incluida.

Quando a fui buscar à escola e íamos a pé para a escola, pois como já mencionei não tenho carta nem carro, logo o nosso trajeto para casa era a pé, é bom , muito bom devo dizer, pois durante esse trajeto conversavamos muito, e assim foi, ela disse-me a nota de Ciências e eu fiquei incrédula ela só disse:

- Mãe o profexor ( a Diana não dizia os sss) quando me entregou o teste deu-me um beijinho e os parabéns, fiquei tão envergonhada:)

Fiquei tão feliz, devo confessar que quando iniciou este ano letivo mais uma vez emagreci uns quilitos pois andava stressada com o tal medo e sem razão nenhuma, fiquei tão tranquila, e acima de tudo via que ela estava feliz, contudo não pensem que foi um mar de rosas, mas conto mais tarde, agora quero ficar com mais esta memória.

Devo acrescentar que ela teve uma excelente Diretora de Turma e isso ajudou muito, muito mesmo.

 

 

 

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