COMO EDUCAR UM FILHO DO CORAÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Há controvérsias sobre este tema.
Isto porque muitos pais acreditam que o filho que foi adoptado “sofreu mais” que os outros biológicos, por isso, não merece ser repreendido.
Sejamos francos, hoje em dia a situação de educar/criar filhos passa por um boom de informações, mas nunca esteve tão caótica. A Lei da palmada criou divergências e não resolveu nada (quem espanca filho continua a fazê-lo e quem dava um tímida palmada parou por medo de ser preso).
Os mil livros de psicologia infantil deixam os pais hipnotizados e robotizados com a conduta dos politicamente corretos (e sem espontaneidade alguma).
As regras ou dicas sociais fazem com que os pais e as mães simplesmente esqueçam os seus instintos e procurem sempre agir dentro do “modo correto social”.
Ou seja, educar um filho e criá-lo, tornou-se uma aventura ainda mais selvagem do que já era.
No caso do filho que foi adoptado os dilemas são os mesmos que os dos filhos biológicos.
Não é porque eu adoptei um filho que terei mais trabalho com ele do que com o gerado.
Desta forma as dúvidas e medos batem à porta.
Tanto faz somos pais adotivo ou biológicos.
Na hora de explicar porque o avô diz palavrões excessivamente, porque diz ,sempre foi assim.
Na hora de falar sobre a rapariga que beija demais o rapaz nos Morangos com Açucar, sim a minha filha vê os Morangos com Açucar diariamente,religiosamente e tiram a roupa, ou na hora de esclarecer o motivo pelo qula algumas pessoas não são cassadas mas vivem como marido e mulher a saia justa é igual, não vale a pena dar a volta ao assunto.
Não adianta dizer que não é saia justa, porque é sim. Normalmente o filho pergunta essas coisas à frente seja ele de quem fôr e as pessoas riem,outras franzem o sobrolho…
E fica toda a gente com vontade de enfiar a cabeça debaixo da terra.
E a criança aguarda uma resposta, que o nosso cérebro terá que providenciar rapidamente e de forma objetiva para que o filho não deixe de estar atento e pergunte uma e outra vez, num outro dia (numa situação semelhante a esta).
Educar, ensinar, conversar é delicado em muitos momentos. Porém, repreender é pior ainda.
Ver o rosto do filho a olhar para nós, depois do ralhete, é de cortar o coração.
Mas é importante que ele conheça esta situação e a respeite, para conseguir desenvolver limites ao longo da vida.
Não vale rir, segurar o riso ou amenizar o ralhete porque ficamos com pena.
É simples: fez algo errado, precisa ser repreendido.
Façam isso, do começo ao fim (sem parar, sem rir ou sem amenizar). Muitos dizem que não suportam ver o filho com medo dos próprios pais, mas é preciso lembrar que respeito e medo, nas crianças podem parecer iguais.
Por isso, se não a estamos a espancar.
Se não estamos a fazer" peixeirada" em público e se estamos apenas a repreender por algo errado, a feição de medo é, na verdade, respeito.
A criança que tem medo mente, esconde, tenta enganar porque tem medo da reação dos pais (é um pouco diferente da carinha de bichinho abandonado que eles fazem).
Isto é válido para locais públicos, mesmo que muita gente olhe pra nós (pais) como se fôssemos monstros ao repreendermos o filho.
Mesmo que ele se atire para o chão do Shopping e chore por um motivo qualquer.
Repreenda, de forma firme, olhos-nos-olhos independente da senhora ao lado fazer uma expressão de reprovação porque não lhe fizemos a vontade.
Vale reforçar: o filho biológico não é diferente do adoptado.
Portanto, criem-os e eduquem-os da mesma maneira.
Não tem o menor sentido ver pais reféns dos filhos porque parecem que lhes estão a dever alguma coisa.
A relação estabelecida na base da culpa é nociva.
É isso que vemos, os filhos que abusam dos pais (sim, os filhos podem abusar dos pais!) na base da ameaça, do grito, da chantagem isto porque esses pais não sabem impor limites.
Os filhos precisam de limites.
Se a não educarmos, não explicarmos e não repreendermos (quando necessário), estamos a criar crianças que se tornarão adultos parecidos com aqueles que nós abominamos e não toleraramos no quotidiano.
Todos vemos com frequência um filho dominar os pais e a expressão de desespero deles por não saberem como resolver o problema.
Quase sempre essa conduta é definida pela culpa: “Ah, tadinho, fico tão pouco tempo com ele, não tenho coragem de lhe dar uma bronca"
"Oh! Ele foi adotado, sofreu muito, não lhe posso fazer isso".
É aí que o filho vai testar os nossos limites.
Não por ser uma criaturazinha má.
Mas por precisar desses limites e precisar (muito) sentir-se seguro ao lado de seus pais.
É fundamental um filho saber que está protegido por um pai ou mãe que vão fazer o que é justo seja quando fôr, em nome de uma relação digna.
Caso contrário, eles testarão, desafiarão e sofrerão mais quando crescerem, tendo que se adaptar a um mundo cheio de crianças grandes sem limites.
O filho adotivo precisa e deve ser tratado igualmente.
Não se pode sentir diferente, não se quer ver numa situação especial, não requer mais presentes ou mais paciência.
É um filho, como qualquer outro, que vai gostar (mesmo que anos depois) de saber que levou uma bronca quando fez algo de errado, que ficou de castigo quando não obedeceu, que perdeu o direito de ir ao cinema, que perdeu o direito de sair com os amigos.
Aí sim, ele vai se sentir filho.
Aí sim vai se sentir parte do todo.
E nós, como pais, poderemos garantir que alguém que estamos a educar e adoptamos com a alma poderá crescer com valores, com noção dos limites, com respeito a quem o ama e, principalmente, com a capacidade de amar incondicionalmente as pessoas que a vida colocou no seu caminho.
Eles não são uns coitadinhos.
E não são mais nem menos que as outras crianças são iguais.
Onde está a diferença entre um filho adoptado e um filho gerado?
Se alguém achar que existem diferenças, diga agora ou cale-se para sempre.
Mas isto sou eu.
Todos os pais têm o direito de pensar de maneira diferente.