E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE!!!!!!!!
Porque motivo nos mentem?
Porque insistimos em contar aos nossos filhos histórias de reis e rainhas, principes e princesas que casam, têm muitos filhos e são felizes para sempre?
Hoje em dia a versão moderna dos contos inafntis são as revistas cor de rosa, somos presenteados com gente bonita, rodeados de amigos,boas casas, bons carros, barcos, filhos pródigos sempre bem dispostos, bem vestidos,bem comportados. A história destas pessoas é a versão moderna das histórias dos contos de fadas que nos contavam quando eramos pequenos, e que depois contamos às nossas crianças.
Façam o que fizerem, digam o que disserem, a ideia é passar cá para fora uma imagem de pessoas muito felizes e prósperas, dar-nos a ilusão de que é possível ser feliz para sempre. E se melhora a vida de alguém ainda bem.
Mantém uma fasquia muito alta, nunca ninguém foi nem será feliz para sempre e muito menos aqueles que exibem e sustentam a felicidade através da conquista de bens materiais.
Em pequenos ao ouvirmos a história da Cinderela, é-nos transmitido um modelo que não existe, mas que garante à partida a felicidade eterna a de quem casa e tem filhos, e nós sonhamos para nós uma história igual, quem nunca?
Ora mas todos nós sabemos até por experiência própria, enquanto pais e filhos de alguém, que a vida é capaz de provar o contrário, e muitas das vezes começa no casamento ou no nascimento de um filho.
Não que todos corram mal, mas por uma questão de expectativa, de fasquia, às vezes tão alta, que acabamos por sucumbir.
Uma fasquia muito alta para os nossos projectos é sinal de frustração, isto porque aquilo que esperamos dos outros não é aquilo que eles nos podem dar.
O casamento para muitas pessoas é sinónimo de felicidade,estabilidade imediata, mas ninguém nos prepara para uma realidade bastante diferente, a realidade da adaptação, dos altos e baixos, engane-se quem pensa que conhecemos verdadeiramente a pessoa com quem namora, casa ou vive. Tenho por hábito dizer, que se nem a mim própria conheço completamente, tenho atitudes com as quais me espanto e pergunto, mas esta sou eu!!! Como poderá alguém dizer tal coisa sobre o outro?
Posteriormente vêem os filhos, aí o casamento começa a entrar em crise, porquê? Não sei.
Mas continua a existir a ilusão de que um filho salva um casamento na maioria dos casos é o contrário, um filho não salva um casamento em crise, muito pelo contrário.
Contudo casar e ter filhos podem ser experiências extraordinárias,construtivas até, mas se forem vividas de forma realista e não com a vã ideia do conto de fadas.
Não podemos nunca contar com aquilo que ninguém nos pode dar. Temos que contar com nós mesmos e ponto final.
O casamento é um investimento afectivo diário, ter vontade de fazer mais e melhor, apostar no crescimento, valorizar um ao outro e ajudar na realização mútua.
Se prestarmos atenção a quem está ao nosso lado, às suas expectativas de felicidade é possível ser feliz, e assim sim, ter muitos filhos e ser feliz para sempre.
Tudo isto vai de encontro ao que já escrevi anteriormente, é uma questão de umbigo, olhar para o do outro e não andar de cabeça baixa sempre a olhar para o nosso, mas isto também se aplica à outra "metade" de nós, digo isto pois muitos consideram o outro como a "cara metade", eu não tenho cara metade tenho a minha cara e ele a dele, e não pode ser nem será a minha metade pois ele tem barba e eu não. ele tem olhos castanhos e eu verdes, logo gosto da cara que tenho e da dele mas com moderação, moderação racional.
Já pensei mais com o coração do que com a razão e a coisa não correu bem e podia ter acabado muito mal, também já falei sobre isso, foi aquilo que designo como paixão, não foi amor,foi paixão, gostei, mas depois fiquei a odiar.
Moderação, em tudo na vida, moderação.
Lá está, não elevar a fasquia .
E assim seremos bem mais felizes.