PROFESSORES SE FIZEREM BEM O VOSSO TRABALHO FICA TUDO BEM!!!
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Ainda estamos no 5º ano, aliás a Diana.
Após mais uma reunião com a Directora de Turma, como já referi, reuniões essas devido ao apoio e ao ensino especial, a Senhora disse-me que após reunir com os professores estes comentaram que a Diana tinha pouco poder de concentração, distraia-se com a mínima coisa, uma mosca, um barulho no exterior, quando davam conta ela já lá não estava, aliás o pensamento dela já lá não estava, andava a vaguear,perante esta informação e como tinhamos consulta de desenvolvimento no final do primeiro periodo,todas as consulta eram agendadas para o final de cada periodo, já com esse propósito, saber a opinião dos professores, eu transmiti esta informação à médica, assim sendo resolveu medicá-la, uma pastilha e meia de Rubifen, devido ao peso e altura dela.
Inicia o 2º periodo, a Diana inicia a medicação, e como ja referi lá vinham os efeitos secundários e eu é que levava com eles, pois no percurso para casa perguntava-lhe:
-Então filha como correram as aulas?
Diana sem medicação
-Correram bem mãe.
Diana com medicação
-Que chata, perguntas a mesma coisa todos os dias, que chatice!
Bom isto para mim era um dejávu, voltamos à fase má, voltamos à fase onde a Diana deixa de ser ela mesma e se transforma em algo que nunca consegui aceitar e que nunca gostei, pois já tinha dito que após o efeito da medicação ela virava bicho,sheat!sheat! não gosto.
Nova reunião com a diretora de turma para me dar um feedback sobre a Diana medicada.
Os professores reuniram mais uma vez e questionaram a diretora se eu, mãe, não estaria a dar medicação a mais à Diana pois ela não era a mesma menina.Sério! Era bom informarem-se que isto é mesmo assim, e no fundo tive sorte com os professores ,porque hoje em dia pode-se fazer queixa de tudo e mais alguma coisa, sendo a Diana adotada podiam ter chamado a Segurança Social e comunicado a opinião deles, hoje em dia infelizmnete vale tudo, e sabe-se lá o que podia acontecer.
Ora vamos lá ver, se tem falta de concentração é porque tem falta de concentração, se parece uma múmia é porque parece uma múmia, então como é que vai ser? Ainda com a agravante de acharem que eu lhe dava medicação a mais.É um bocadinho grave!!!
A minha sorte é que a Diretora já me conhecia minimamente, pois estavamos constantemente em contacto e na reunião ela disse aos professore que não, que me conhecia minimamente e sabia que eu era contra a medicação, só concordei em lha administrar devido às conclusões da última avaliação da miúda, e que assim sendo me iria transmitir a opnião dos colegas, e foi o que aconteceu.
Consulta de desenvolvimento no fim do segundo período, transmiti à médica a opinião dos professores acerca do comportamento da Diana coma medicação, as notas mantinham-se, 2 negativas, foi-lhe retirada a medicação e teve alta, não precisamos mais desta consulta, a Diana voltaria ao seu estado normal, com ou sem concentração, passou para o sexto por mérito próprio, como é óbvio, com testes adaptados, com os apoios e com o ensino especial.
A medicação nem sempre é o tratamento ideal para o deficit de atenção, existem métodos pedagógicos que ajudam os miúdos a concentrarem-se cabe aos professores terem a sensibilidade de se informarem, pois desde o inicio sabiam que iriam ter em uma das suas turmas uma criança do ensino especial, que iria ter apoio dentro da sala de aula, Matemática e Português e fora da sala de aula Ensino Especial, ser professor, alías ser um bom professor, e isto dito pelos meus na faculdade é aprender todos os dias, manter-nos sempre informados e atualizados, isso só benificiariá a nosso favor, e consequentemente a favor das crianças.
A paritir do quinto ano e com 10 anos acabou-se a medicação, já lá vão 5 anos.
Neste momento estou a olhar para ela esparramada no sofá, com uma manta a cobri-la e a ver um filme, quem diria que aquela menina de 6 anos que cansava qualquer um só de olhar para ela, agora está ali tranquilamente a ver um filme:)
Ora bem, como é óbvio termina o 4º ano e tendo a Diana já 10 anos não a podíamos reter mais uma vez, logo transitou para o 5º ano, bem se eu tinha uma filha que não tirava positiva às três disciplinas da primária como iria ser com as do 5º ano?
Algo abonava a favor da miúda, estava inserida no ensino especial e isso viria a revelar-se muito importante para ela.
Quando o ano letivo começa por norma a maioria das crianças que estão no ensino especial ainda não usufruem desta benece, pois os professores têm que reunir e falar sobre o apoio que lhes vão dar e só depois de a mãe assinar o PEI é que inicia todo o processo.
Assim sendo a Diana até eu assinar o PEI, o que normalmente é mais ou menos a meio do primeiro periodo, iria ter testes de avaliação iguais aos dos outros colegas, não seriam adaptados, bem eu contava com o pior como é óbvio, mas tal não aconteceu, acho que a pequenita estava ansiosa por sair da primária, não sei se por achar que o lugar dela não era ali, pois gostava de andar no 5º, adaptou-se bem à escola as funcionárias eram muito atenciosas com ela, mostraram-lhe a escola,explcaram-lhe como funcionava o sitema de cartão escolar para compra de refeições e outras coisas, devo dizer que escolhi uma escola pequena, que só tinha pré-primária, 1º ciclo e 2º ciclo, as crianças da pré e da primária estavam separados dos grandes e as turmas dos outros anos eram poucas, logo eu sentia-me tranquila, pois ela estava segura, o mais caricato é que eu achava que ela iria ter dificuldade na utilização do cartão, no facto de ter salas diferentes e não a mesma como na primária, mas ela entendeu tudo, realmente nós mães temos tendência para o exagero e por isso tendência para os proteger demais, mas uma coisa é certa eles desenrascam-se e é nossa função deixá-los desenrascar-se pois senão ficam uns "atados".
Iniciam os testes não adaptados como já tinha mencionado e para meu espanto a Diana tira apenas duas negativas, Matemática e Português, a mais notável foi ciências, o professor deixou-a fazer teste de consulta e a catraia tira 88%, bem ela estava em extase, foi um teste de consulta, embora o que possam pensar às vezes é bem mais complicado, ainda por cima coma agravente da Diana ter sérias dificuldades no Português, logo leitura incluida.
Quando a fui buscar à escola e íamos a pé para a escola, pois como já mencionei não tenho carta nem carro, logo o nosso trajeto para casa era a pé, é bom , muito bom devo dizer, pois durante esse trajeto conversavamos muito, e assim foi, ela disse-me a nota de Ciências e eu fiquei incrédula ela só disse:
- Mãe o profexor ( a Diana não dizia os sss) quando me entregou o teste deu-me um beijinho e os parabéns, fiquei tão envergonhada:)
Fiquei tão feliz, devo confessar que quando iniciou este ano letivo mais uma vez emagreci uns quilitos pois andava stressada com o tal medo e sem razão nenhuma, fiquei tão tranquila, e acima de tudo via que ela estava feliz, contudo não pensem que foi um mar de rosas, mas conto mais tarde, agora quero ficar com mais esta memória.
Devo acrescentar que ela teve uma excelente Diretora de Turma e isso ajudou muito, muito mesmo.