Hoje falo deste assunto já muito rebatido assim que iniciaram as aulas, pois ao vistar o blog da Catarina Beato, aliás blog que visito diariamente, além de outros, claroro! para fazer uma análise do que postam, vi um onde a pessoa em questão diz, que é a favor dos trabalhos de casa.
- É fácil falar quando se está em casa e não têm um trabalho das 9 às 6, não se sabe a que horas chegamos, dependendo do local, do trânsito ou transportes públicos, ter que fazer jantar, tratar da casa das roupas e descansar, pois nós pais também precisamos descansar, já para não falar dos que trazem trabalho para casa.
-É fácil falar quando se tem um fiho mais velho que pode ajudar o mais novo nesse sentido
-É fácil falar quando não se tem um filho no Ensino Especial, e tendo mais 4 horas de estudo acompanhado que lhe tira tempo para o Centro de Estudos.
-É fácil dizer que para uns os TPc deviam demorar 15 minutos e para outros 1 hora por exemplo, vamos cair na real, cada criança é cada criança, o que para uns demora 15 minutos para outros demora 1 hora.
- É fácil falar quando as crianças que já frequentam o 5º têm intervalos de 10 minutos, que mal chega para comer o pão e beber o sumo, não havendo tempo para brincar, são crianças com 9/10 anos de idade, querem brincar!!!!!!
- É fácil falar que deste modo os pais têm oportunidade de observarem os filhos a estudar, a que horas? A criança chega a casa e o tempo que tem é para pousar a mochila, lavar as mãos dar dois dedos de conversa com pais ou avós conforme a situação familiar, jantar,banho e cama, se assim não fôr quando conversam connosco? Como iremos saber se o dia de escola correu bem? Como iremos saber que está a ser vitima de bullying ( falo da minha em particular), se não lhes dermos tempo para falar connosco e obrigarmos a fazer os malfadados trabalhos de casa?
- O estudo não é complemnetado com a elaboração dos trabalhos de casa, pois se os fizerem contrariados de nada lhes serve, o estudo deve ser, ao fim de semana, umas horinhas ao Sábado, e ao Domingo, uns resumos, e enquanto o fazem relembram a matéria, quando eu andava na faculdade era assim que estudava, não era com trabalhos de casa, aliás nem os tínhamos, se não tínhamos na faculadade, porquê agora? Qual é a diferença?
- Após essas horas a fazer resumos , e como ainda têm muitas horas pela frente, têm o direito de brincar, sair com os amigos, ir aos escuteiros, no caso da minha, ver televisão até lhes doer os dedos de fazer tanto zapping
-É fácil falar, quando não se tem uma filha que este ano devido ao horário e aos apoios terá que ir para o Centro de Estudos ao Sábado de manhã, e já estou com sorte pois está aberto ao Sábado!!!!!
- É fácil falar, quando se domina todas as matérias, no meu caso não, posso ajudá-la com o Francês, o Inglês, o Protuguês, as Ciências, todas as outras que incluam matemática é para esquecer, nem estou tão pouco interessada em aprender, se optei por um curso Linguístico, porque irei agora armar-me me esperta com as Matemáticas?
-É de notar que após o debate na RTP1 nos Prós e Contras, sobre os trabalhos de casa, as coisas atenuaram um bocadinho, noto isso, mas ainda o andor vai no adro, não vamos falar muito.
-Se a miúda não fizer os trabalhos de casa por falta de tempo, justifico a falta ,que após 3, é falta de presença e serve para reprovação,e continuarei nesta luta, pela minha filha claro! os outros pais que se façam à vida!!!
- De que vale a miúda chegar a casa fazer os trabalhos de casa à pressa e eles irem errados? Vale ZERO.
PORTANTO NÃO SOU A FAVOR DOS TRABALHOS DE CASA
SOBRE A HISTÓRIA DO BULYING VOU DEIXAR PARA OUTROS DIA POIS É UM ASSUNTO MUITO DOLOROSO
Após mais uma reunião com a Directora de Turma, como já referi, reuniões essas devido ao apoio e ao ensino especial, a Senhora disse-me que após reunir com os professores estes comentaram que a Diana tinha pouco poder de concentração, distraia-se com a mínima coisa, uma mosca, um barulho no exterior, quando davam conta ela já lá não estava, aliás o pensamento dela já lá não estava, andava a vaguear,perante esta informação e como tinhamos consulta de desenvolvimento no final do primeiro periodo,todas as consulta eram agendadas para o final de cada periodo, já com esse propósito, saber a opinião dos professores, eu transmiti esta informação à médica, assim sendo resolveu medicá-la, uma pastilha e meia de Rubifen, devido ao peso e altura dela.
Inicia o 2º periodo, a Diana inicia a medicação, e como ja referi lá vinham os efeitos secundários e eu é que levava com eles, pois no percurso para casa perguntava-lhe:
-Então filha como correram as aulas?
Diana sem medicação
-Correram bem mãe.
Diana com medicação
-Que chata, perguntas a mesma coisa todos os dias, que chatice!
Bom isto para mim era um dejávu, voltamos à fase má, voltamos à fase onde a Diana deixa de ser ela mesma e se transforma em algo que nunca consegui aceitar e que nunca gostei, pois já tinha dito que após o efeito da medicação ela virava bicho,sheat!sheat! não gosto.
Nova reunião com a diretora de turma para me dar um feedback sobre a Diana medicada.
Os professores reuniram mais uma vez e questionaram a diretora se eu, mãe, não estaria a dar medicação a mais à Diana pois ela não era a mesma menina.Sério! Era bom informarem-se que isto é mesmo assim, e no fundo tive sorte com os professores ,porque hoje em dia pode-se fazer queixa de tudo e mais alguma coisa, sendo a Diana adotada podiam ter chamado a Segurança Social e comunicado a opinião deles, hoje em dia infelizmnete vale tudo, e sabe-se lá o que podia acontecer.
Ora vamos lá ver, se tem falta de concentração é porque tem falta de concentração, se parece uma múmia é porque parece uma múmia, então como é que vai ser? Ainda com a agravante de acharem que eu lhe dava medicação a mais.É um bocadinho grave!!!
A minha sorte é que a Diretora já me conhecia minimamente, pois estavamos constantemente em contacto e na reunião ela disse aos professore que não, que me conhecia minimamente e sabia que eu era contra a medicação, só concordei em lha administrar devido às conclusões da última avaliação da miúda, e que assim sendo me iria transmitir a opnião dos colegas, e foi o que aconteceu.
Consulta de desenvolvimento no fim do segundo período, transmiti à médica a opinião dos professores acerca do comportamento da Diana coma medicação, as notas mantinham-se, 2 negativas, foi-lhe retirada a medicação e teve alta, não precisamos mais desta consulta, a Diana voltaria ao seu estado normal, com ou sem concentração, passou para o sexto por mérito próprio, como é óbvio, com testes adaptados, com os apoios e com o ensino especial.
A medicação nem sempre é o tratamento ideal para o deficit de atenção, existem métodos pedagógicos que ajudam os miúdos a concentrarem-se cabe aos professores terem a sensibilidade de se informarem, pois desde o inicio sabiam que iriam ter em uma das suas turmas uma criança do ensino especial, que iria ter apoio dentro da sala de aula, Matemática e Português e fora da sala de aula Ensino Especial, ser professor, alías ser um bom professor, e isto dito pelos meus na faculdade é aprender todos os dias, manter-nos sempre informados e atualizados, isso só benificiariá a nosso favor, e consequentemente a favor das crianças.
A paritir do quinto ano e com 10 anos acabou-se a medicação, já lá vão 5 anos.
Neste momento estou a olhar para ela esparramada no sofá, com uma manta a cobri-la e a ver um filme, quem diria que aquela menina de 6 anos que cansava qualquer um só de olhar para ela, agora está ali tranquilamente a ver um filme:)