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mãedocoraçãosoueu

mãedocoraçãosoueu

AI MILHO VERDE!!! MILHO VERDE!!!

Temos a mania de falar da adolescência como uma fase má, todos esperamos que passe depressa, é detestével e pode ter efeitos preversos. Nos jovens como é óbvio.

Todos nós pais e mães vamo-nos preparando para a adolescência dos nossos filhos.

Desde que nascem até à chamada pré adolescência, vão-nos chegando avisos, e nós tendemos a julgar que estamos perante o "Bicho Papão" que nos vai roubar para todo o sempre a infância dos nossos filhos, a sua candura, e que vão ser transformados pela "Bruxa Má" em seres rebeldes, abrasivos e desconhecidos.

A a dolescência devia ser encarada como a idade de todos os perigos, a idade de todos os desafios, para nós pais e para eles filhos.

Quando falamos em adolescência, falamos em crise, por este motivo usamos esta expressão, a crise da adolescência.

É um tempo de perturbação, dias de angústia, horas de dúvida, conflito de gerações e muitos desencontros pelo meio.

Numa crise nunca sabemos quem somos nem para onde vamos e acima de tudo colocamos em questão o que andamos a fazer neste mundo.

Mas a dolescência é muito mais que isto, pode ser uma idade muito criativa e construtiva.

Nós que por norma já esquecemos ou fazemos por esquecer a nossa adolescência, devíamos olhar para o nosso umbigo, outra vez a história do umbigo e tirar uma conclusão simples, esta crise não é só dos filhos, é tambem nossa.

Os filhos crescem tão depressa que nos deixa de tal modo perplexos, a mudança de atitude magoa-nos e as novas conquistas perturbam-nos, porque nós pais sentimos desconforto de partilhar com eles uma idade tão difícil. A crise da adolescência entra em conflito com a nossa meia idade, tenhamos nós 40  ou 50 anos, sejamos modernos ou conservadores, não damo valor à nossa crise de identidade na altura em que os nossos filhos também entram em crise, daí o desgate que se gera entre nós, pais e filhos.

Aos 40 ou 50 anos é humano, mesmo instintivo, repensar na vida, fazer um balanço das nossas conquista e perdas, nesta altura da nossa vida apercebemo-nos que aquilo que sonhamos nunca foi nem será concretizado, e tal como os miúdos também entramos em crise, daí os confrontos e os equivocos, pois somos dois "países" em crise.

Justamente nesta altura em que não sabemos lidar com a nossa vida, com as nossa dúvidas e angústias lá vêm os filhos reclamar, exigir e desafiar, mas não é difícil atravessar esta ponte onde duas gerações em crise se confrontam.

Basta, primeiro ter consciência de que tal como nós eles têm direitos, e tentar não ter uma resposta autoritária para tudo.

Nós pais temos a obrigação de conversar com os filhos, ouvi-los e tentar compreendê-los, mas mantendo sempre uma atitude firme e tolerante ao mesmo tempo, e assim vamo-nos sentir mais amados e confortáveis para lidar com esta crise.

São estes pais que, terminada a adolescência colhem mais e melhores frutos quer no relacionamento entre si quer no contributo que deram para a construção da personalidade do filhos.

Os que estão apostados na autoridade, na firmeza, na obediência cega, dificilmente se encontram com os filhos, isto no campo afetivo.

Basta dar tempo ao tempo, dar bons exemplos, bons conselhos e nunca deixar de lhes dar colo quando eles o pedem.

A adolescência é chamada a idade do armário, daí o ouvir é muito importante, a minha filha por exemplo, chega da escola cumprimenta todos com um OLÁ e por norma vai para o quarto e cola-se ao telemóvel ou tablet, mas como o tempo para o fazer é curto, pois às 8 o jantar está na mesa, é nessa altura, na hora do jantar que ela começa a fazer o "relato do jogo", e fala sem parar e a avó ralha porque a comida via ficar fria, e ela resmunga com a avó, e eu tipo árbitro tento controlar o jogo, e por vezes tenho que dar um cartão amarelo ou vermelho à pirralha,  já expliquei á minha mãe que esta é a hora dela, a altura em que ela conversa, logo deixá-la, e cá está, um "conflito" de gerações, avó versus neta.

Depois do jantar sobe para tomar duche e volta novamente o "relato" ou a leitura dos mails dos escuteiros, ou a escola, e a nós cabe-nos dar-lhes este tempo para falar, fazer perguntas e nesta altura como está ao rubro responde a tudo, e lá vou tirando " nabos da púcara" e lá vou sabendo como andam as coisas.

Os beijinhos,bem isso já era, esqueçam, só o da manhã e mesmo assim...........

As roupas tento não interferir mas existem algumas regras

As saídas com as amigas já começaram

As conversas ao telemóvel de vento em popa, mas nunca o deixa de fazer mesmo que eu esteja por perto, pelo menos para já  isso agrada-me, mas não o faço de propósito, apenas porque partilhamos o mesmo quarto.

Respeito pelos outros, para já não tenho queixas.

Resmunguices e chamar-me chata, todos os dias, e, sim eu sou chata, mas gosto de ser assim.

Mimos, só com o gato.

Namoro, já disse que é muito cedo, mas bolas, teho que me preparar, vai fazer 16 anos.

Educar para ser poupada, difícil, gasta a mesada num dia.

Já tem chave de casa, ficou ao rubro quando lha dei, porquê?

Bater com a porta após uma discussão, nem pensar, é mandar-me f..... baixinho, fora de questão, nunca o fez atá à data.

Filhos perfeitos!!! Vocês queriam não queriam?

TEMOS QUE TER EM CONTA QUE O MILHO ESTÁ VERDE, TEMOS QUE O DEIXAR AMADURECER PARA O COLHER E FAZER A DESFOLHADA.

 

E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE!!!!!!!!

Porque motivo nos mentem?

Porque insistimos em contar aos nossos filhos histórias de reis e rainhas, principes e princesas que casam, têm muitos filhos e são felizes para sempre?

Hoje em dia a versão moderna dos contos inafntis são as revistas cor de rosa, somos presenteados com gente bonita, rodeados de amigos,boas casas, bons carros, barcos, filhos pródigos sempre bem dispostos, bem vestidos,bem comportados. A história destas pessoas é a versão moderna das histórias dos contos de fadas que nos contavam quando eramos pequenos, e que depois contamos  às nossas crianças.

Façam o que fizerem, digam o que disserem, a ideia é passar cá para fora uma imagem de pessoas muito felizes e prósperas, dar-nos a ilusão de que é possível ser feliz para sempre. E se melhora a vida de alguém ainda bem.

Mantém uma fasquia muito alta, nunca ninguém foi nem será feliz para sempre e muito menos aqueles que exibem e sustentam a felicidade através da conquista de bens materiais.

Em pequenos ao ouvirmos a história da Cinderela, é-nos transmitido um modelo que não existe, mas que garante à partida a felicidade eterna a de quem casa e tem filhos, e nós sonhamos para nós uma história igual, quem nunca?

Ora mas todos nós sabemos até por experiência própria, enquanto pais e filhos de alguém, que a vida é capaz de provar o contrário, e muitas das vezes começa no casamento ou no nascimento de um filho.

Não que todos corram mal, mas por uma questão de expectativa, de fasquia, às vezes tão alta, que acabamos por sucumbir.

Uma fasquia muito alta para os nossos projectos é sinal de frustração, isto porque aquilo que esperamos dos outros não é aquilo que eles nos podem dar.

O casamento para muitas pessoas é sinónimo de felicidade,estabilidade imediata, mas ninguém nos prepara  para uma realidade bastante diferente, a realidade da adaptação, dos altos e baixos, engane-se quem pensa que conhecemos verdadeiramente a pessoa com quem namora, casa ou vive. Tenho por hábito dizer, que se nem a mim própria conheço completamente, tenho atitudes com as quais me espanto e pergunto, mas esta sou eu!!! Como poderá alguém dizer tal coisa sobre o outro?

Posteriormente vêem os filhos, aí o casamento começa a entrar em crise, porquê? Não sei.

Mas continua a existir a ilusão de que um filho salva um casamento na maioria dos casos é o contrário, um filho não salva um casamento em crise, muito pelo contrário.

Contudo casar e ter filhos podem ser experiências extraordinárias,construtivas até, mas se forem vividas de forma realista e não com a vã ideia do conto de fadas.

Não podemos nunca contar com aquilo que ninguém nos pode dar. Temos que contar com nós mesmos e ponto final.

O casamento é um investimento afectivo diário, ter vontade de fazer mais e melhor, apostar no crescimento, valorizar um ao outro e ajudar na realização mútua.

Se prestarmos atenção a quem está ao nosso lado, às suas expectativas de felicidade é possível ser feliz, e assim sim, ter muitos filhos e ser feliz para sempre.

Tudo isto vai de encontro ao que já escrevi anteriormente, é uma questão de umbigo, olhar para o do outro e não andar de cabeça baixa sempre a olhar para o nosso, mas isto também se aplica à outra "metade" de nós, digo isto pois muitos consideram o outro como a "cara metade", eu não tenho cara metade tenho a minha cara e ele a dele, e não pode ser nem será a minha metade pois ele tem barba e eu não. ele tem olhos castanhos e eu verdes, logo gosto da cara que tenho e da dele mas com moderação, moderação  racional.

Já pensei mais com o coração do que com a razão e a coisa não correu bem e podia ter acabado muito mal, também já falei sobre isso, foi aquilo que designo como paixão, não foi amor,foi paixão, gostei, mas depois fiquei a odiar.

Moderação, em tudo na vida, moderação.

Lá está, não elevar a fasquia .

E assim seremos bem mais felizes.

 

 

 

 

 

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