PARA AMAR É NECESSÁRIO SABEDORIA!!!!!!!!!!!!
Quem não conhece duas pessoas que se amam muito mas no entanto não conseguem manter-se juntas?
Eu conheço várias.
Conheço também casais que não estão apaixonados, mas que vivem com tranquilidade e leveza.
Neste caso, os envolvidos decidiram priorizar o que existe de interessante na relação como, por exemplo, filhos,carinho,respeito,empatia,altruismo e outras coisas mais.
Aquela paixão ardente, muito desejada por qualquer ser humano, nunca entrou no pacote, contudo, esse ‘desfalque’ é compensado com outros pontos positivos que o relacionamento proporciona.
É comum principalmente, por parte das pessoas intensas, a ideia de que um vínculo só vale a pena se houver paixão, pelo menos na fase inicial, já que existe a consciência de que ela vai abrandando com a convivência.
A paixão, esse sentimento que nos deixa com o coração a sair pela boca, é, de facto, viciante e causa-nos, muitas vezes, uma sensação de ressurreição.
Acredito que já saibam, mas não custa refrescar a memória, de nada adianta uma paixão efervescente entre duas pessoas se elas não têm maturidade para se relacionar.
Existe coisa pior do que aqueles relacionamentos do tipo trapézio?
O casal passa uma semana bem, depois fica 10 dias emburrado, em crise, faz as pazes, depois de 3 dias, desentendem-se de novo.
Não há amor que resista a este tipo de formato não concordam?
Há casos em que não é possível programar uma viagem porque há o risco de, na data, o casal estar virado do avesso.
Essa alternância de fases acaba por gerar um profundo desgaste emocional e não demora muito e começam a aparecerer os prejuízos na relação.
Chegará a hora em que os parceiros vão começar a olhar para esse vínculo com outros olhos, um vai olhar para o outro como fonte de stress.
Os sentimentos de frustração, angústia e mágoa passarão a fazer parte daquela atmosfera e, inevitavelmente, ambos ou um deles vai desejar viver a paz que aquela relação não oferece.
Resumindo, um relacionamento saudável requer maturidade e equilíbrio emocional.
Considero, ainda, que muitas pessoas não sabem lidar com o facto de estarem a ser amadas.
Elas não se acham dignas do amor de ninguém, elas vão sempre arranjar uma maneira de sabotar a relação quando tudo começa a fluir bem.
É como se elas não aguentassem aquela paz, elas precisam provar a si mesmas que existe algo de errado, então, elas farão qualquer coisa para trazer à tona qualquer situação que atire para a lama e perante o caos, vão-se recolher, vitimizar e vão dizer que não têm sorte com o amor.
Diante de tudo isto, regresso ao início do texto e tiro o chapéu para quem consegue administrar uma relação mesmo sem borboletas no estômago, afinal, ali existe parceria, respeito, cumplicidade e oxigénio para ambos respirarem.
Um não vai asfixiar o outro com cobranças nubladas pelas próprias paranoias.
Viajam, disfrutam de experiências interessantes, respeitam o espaço um do outro e são grandes amigos.
Até porque, pensando bem, é isso que acaba por importar para uma boa convivência.
Não há amor que suporte viver numa montanha russa de sentimentos.
O amor não é tempestade, é uma serena tarde de domingo.
Por este motivo e mais alguns, antes de pedirem ao Universo um grande amor, peçam também a maturidade e sabedoria suficientes para administrá-lo, caso contrário, vocês vão estragá-lo com as vossas próprias mãos.